ETA  avisa que não vai ficar «de braços cruzados» - TVI

ETA avisa que não vai ficar «de braços cruzados»

  • Portugal Diário
  • JRS
  • 1 abr 2008, 20:45
ETA

Organização terrorista adverte PSOE perante «torturas e detenções»

Relacionados
A ETA advertiu esta terça-feira os militantes do PSOE de que não vai «ficar de braços cruzados» perante o que considera serem «torturas e detenções» e a «ilegalização de partidos com total impunidade», noticia a agência Lusa.

Num comunicado divulgado na edição digital do diário Gara, que será publicado na íntegra na quarta-feira, a organização terrorista basca adverte que «só o reconhecimento do direito à auto-determinação (do País Basco) abrirá a oportunidade para que se possam materializar todos os projectos políticos».

A ETA assume ainda vários atentados recentes, incluindo o assassinato a tiro do ex-vereador socialista Isaías Carrasco, no dia 07 de Março, último dia da campanha para as eleições gerais de 09 de Março.

No comunicado, a ETA afirma que os pactos políticos que procuram "perpetuar a opressão e negação de Euskal Herria" (País Basco) só prejudicarão a região e "em consequência trarão o alargamento do conflito".

"Impor outro ciclo autonómico espanhol a Euskal Herria aprofundará a dissolução e o processo de assimilação do nosso povo", afirmou, avisando os partidos espanhóis que nunca reconheceram nem reconhecerão "o marco autonomista espanhol".

A ETA critica ainda a atitude do governo socialista de José Luís Rodríguez Zapatero durante o processo de negociação, considerando que o seu objectivo "foi a luta contra o independentismo e levar a ETA a um processo de rendição, procurando uma saída falsa que deixaria por resolver o conflito".

Zapatero "tomou assim o mesmo caminho que Aznar", alargando a repressão "a todos os âmbitos", numa referência às acções policiais e judiciais contra a ETA e suas estruturas de apoio.

O comunicado surge no mesmo dia em que o juiz Baltasar Garzon terminou o seu processo de investigação sobre as ligações entre o Batasuna e a ETA, num processo em que há 41 arguidos, quase todos em prisão preventiva.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

Mais Vistos

EM DESTAQUE