Coreia do Norte considera sanções “provocação atroz” - TVI

Coreia do Norte considera sanções “provocação atroz”

  • AM
  • 13 set 2017, 07:30
Ameça do norte

Regime de Kim Jong-un alega que as sanções propostas servem para Pyongyang verificar que "o caminho que adotou é absolutamente correto"

A Coreia do Norte classificou de "provocação atroz" e "bloqueio económico de grande escala" o programa de sanções imposto por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU sobre o regime de Pyongyang, pelo seu mais recente teste nuclear.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte referiu, em comunicado publicado pela agência estatal KCNA, que as sanções são "resultado de uma provocação atroz destinada a privar a República Popular Democrática da Coreia do seu legítimo direito de autodefesa e para sufocar completamente o seu estado e as suas pessoas através de um bloqueio económico em larga escala".

A declaração acrescenta que as sanções propostas servem para Pyongyang verificar que "o caminho que adotou é absolutamente correto".

O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade um novo conjunto de sanções à Coreia do Norte pelo seu programa nuclear, interditando as exportações têxteis e reduzindo o seu abastecimento em petróleo e gás.

As sanções são menos drásticas do que o previsto inicialmente pelos Estados Unidos, que exigia uma proibição total dos países membros da ONU venderem à Coreia do Norte gás, petróleo e produtos petrolíferos.

A Rússia e a China, com direitos de veto sobre as resoluções do Conselho de Segurança, manifestaram a sua opinião em relação a alguns pontos, pelo que se abriu uma ronda negocial que permitiu suavizar as medidas.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução depois do exército da Coreia do Norte ter realizado a 3 de setembro o sexto e mais potente ensaio nuclear com uma bomba de hidrogénio.

Esta quarta-feira foi ainda revelado que o sexto ensaio nuclear da Coreia do Norte teve uma potência de 250 quilotoneladas, 16 vezes superior à da bomba lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitoriza a atividade sísmica mundial, registou, aquando do ensaio, um abalo telúrico de magnitude 6,3 e a Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares e a agência norueguesa Norsar reviram em alta os dados anteriores para 6,1.

Também o portal especializado na Coreia do Norte, 38 North, associado ao Instituto EUA-Coreia da Universidade Johns Hopkins, anunciou ter revisto em alta a anterior estimativa relativamente à potência da explosão, falando em “aproximadamente 250 quilotoneladas”.

Tal significa que a bomba testada pela Coreia do Norte seria 16 vezes mais potente do que a bomba, de 15 quilotoneladas, que os Estados Unidos lançaram sobre a cidade japonesa de Hiroxima em 1945.

“Esta elevada potência explosiva é igualmente próxima daquela que o 38 North tinha referido anteriormente como sendo a capacidade máxima da base de testes de Punggye-ri”, de acordo com o site, que antes indicou que a potência tinha superado as 100 quilotoneladas.

As estimativas oficiais da potência da explosão ocorrida em 3 de Setembro variam significativamente: Seul fala em 50 quilotoneladas, enquanto o Japão em 160.

Os responsáveis norte-americanos, por seu turno, indicaram que vão continuar a tentar verificar se foi efextivamente uma bomba H que foi testada, detalhando que, neste momento, a afirmação por parte da Coreia do Norte – que assim o garantiu – “não é incoerente”.

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