Coreia do Norte desloca segundo míssil para costa leste - TVI

Coreia do Norte desloca segundo míssil para costa leste

Kim Jong-un (KCNA)

Pyongyang pede à Rússia que considere a possibilidade de evacuar a embaixada devido à crescente tensão na península coreana

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Atualizada às 13:03

A Coreia do Norte transportou um segundo míssil de médio alcance para a costa oriental e instalou-o num lança-mísseis móvel. A informação é avançada pela agência sul-coreana Yonhap, que cita uma fonte do governo de Seul.

O ministério da Defesa, que confirmou na quinta-feira o deslocamento por Pyongyang do primeiro míssil para a mesma região, recusa comentar a nova informação, refere a AFP.

«Confirma-se que a Coreia do Norte transportou por comboio, no início da semana, dois mísseis Musudan de médio alcance para a costa leste e que os instalou em veículos equipados com um dispositivo de lançamento», declarou a fonte citada pela agência Yonhap.

O míssil Musudan foi apresentado pela primeira vez num desfile militar em Outubro de 2010. O míssil tem, teoricamente, um alcance de três mil quilómetros, passível de atingir a Coreia do Sul ou o Japão. O alcance pode chegar a quatro mil quilómetros se transportar uma carga leve. Um facto que em tese o poderia fazer atingir a ilha de Guam no Pacífico, local de importantes bases militares norte-americanas.

«O Norte está aparentemente disposto a disparar estes mísseis sem advertência», afirmou a fonte sul-coreana.

A confirmar a informação da fonte sul-coreana parece estar também uma notícia divulgada pela Reuters. Um porta-voz da embaixada russa disse, esta sexta-feira, que a Coreia do Norte pediu a Moscovo que pensasse em retirar os funcionários da representação diplomática em Pyongyang, refere a agência noticiosa.

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros já disse entretanto que Moscovo está em estreito contacto com os Estados Unidos, a China e a Coreia do Sul sobre o pedido da Coreia do Norte para que se evacue a embaixada.

As notícias da deslocação dos mísseis surgem na sequência da guerra de palavras das últimas semanas entre a Coreia do Norte, por um lado, e a Coreia do Sul e os Estados Unidos, por outro. O episódio mais recente da chamada retórica belicista foi, na quarta-feira à noite, com o anúncio pela Coreia do Norte da aprovação de um plano de operações militares, incluindo ataques nucleares.

Fontes militares disseram à Yonhap que poderia haver um ataque a 15 de Abril, data do nascimento do fundador do regime, Kim Il-sung, falecido em 1994 e avô do atual dirigente, Kim Jong-un.
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