Imagens mostram África a dividir-se em duas - TVI

Imagens mostram África a dividir-se em duas

Separação total só acontece, pelo menos, daqui a 10 milhões de anos

A Terra abriu no sudoeste do Quénia há uns dias e recordou que África se está a dividir em duas partes.

Investigadores e geólogos já tinham alertado para a possibilidade de uma parte de África se separar e os sinais já começam a ser visíveis, embora a total separação só se deva verificar, pelo menos, daqui a 10 milhões de anos.

Lucia Perez Diaz, investigadora de pós-doutoramento do Grupo de Investigação das Dinâmicas das Falhas Tectónicas, da Faculdade Royal Holloway da Universidade de Londres, é uma das investigadoras que defende a teoria e explicou ao Daily Mail o caso. Lucia refere que o que está a acontecer, aconteceu também entre África e América há 138 milhões de anos e que a próxima separação deverá acontecer ao longo do Rift Valley, no leste de África, que se estende ao longo de 3.000km, desde o Golfo de Áden, na costa somali, a norte, até Moçambique, a sul.

Quando esta separação acontecer cinco países (Somália, metade da Etiópia, Quénia, Tanzânia e o norte de Moçambique) deverão ficar num continente isolado.

Lucia Perez Diaz adiantou ainda que a fissura do Quénia começou há 30 milhões de anos na região de Afra, no norte deste país, e sustentou o argumento em cálculos: fissura propaga-se para sul à velocidade de 2,5cm a 5cm por ano.

A fissura que agora está em destaque foi originada por recentes movimentos tectónicos, que abriu uma fenda de cerca de 20m de largura e 50m de profundidade e destruiu parte de uma autoestrada.

Juan Ignacio Soto, catedrático do departamento de geodinâmica da Universidade de Granada, falou sobre os movimentos tectónicos: "Por baixo há uma falha [tectónica] no terreno que está a separar África em dois. Às vezes separam-se uns milímetros, noutras muitos e até noutras a fratura faz-se no interior sem que a possamos ver."

 

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