Um paciente que necessitava apenas de tratamento não invasivo para inchaço, foi submetido a uma cirurgia a um coágulo de sangue no cérebro. O caso aconteceu no Kenyatta National Hospital, em Nairobi, no Quénia. Ocorreu no último fim-de-semana, mas ficou abafado até agora.
Uma confusão entre as etiquetas de identificação dos dois pacientes, fez com que o doente errado fosse submetido a uma cirurgia que não precisava. A equipa que realizou a cirurgia, só se apercebeu que o paciente sujeito à cirurgia não tinha nenhum coágulo de sangue no cérebro, horas depois de dar início à mesma, reportou o Daily Nation.
Já há demonstrações públicas, nas redes sociais, da indignação das pessoas, por ter acontecido um caso tão grave como este.
How do you conduct brain surgery on the wrong patient? Kenyatta National Hospital has outdone themselves. Horrfying!!!!
— Carol Radull (@CarolRadull) March 1, 2018
If you have a potbelly, avoid Kenyatta National Hospital (KNH).... You may end up at the maternity ward#SheDecidesDay#MyiPhoneKe
— Muthui Wakanda (@MuthuiMkenya) March 2, 2018
Malaria, HIV, TB, and Kenyatta National Hospital are the leading causes of death in Kenya.
— Joshua K. Njenga (@JKNjenga) March 2, 2018
O hospital já informou que o paciente está a recuperar bem e que está a decorrer uma investigação. Os reguladores exigiram um relatório e pretendem fazer uma audiência. Lily Koros, presidente executivo do hospital, também já lamentou o sucedido, com a ressalva que o hospital fez tudo para a excelente recuperação do doente.
No entanto, alguns membros da equipa médica e da administração, foram suspensos após o sucedido. Os colegas dos funcionários suspensos protestaram contra a suspensão, utilizando o argumento de que a pessoa responsável pelas etiquetas de identificação é que deveria ser castigada.
A União dos Médicos também veio defender o pessoal, alegando que o hospital tem lutado contra a falta de pessoal e espaço reduzido nas salas de cirurgia. Acrescem as críticas aos equipamentos partidos, sobrelotação e longos tempos de espera para tratamentos.
Passaram seis semanas desde que o ministro da Saúde ordenou uma investigação sobre mães que foram abusadas sexualmente naquele hospital.