Polícia lança gás lacrimogéneo sobre crianças em protesto  - TVI

Polícia lança gás lacrimogéneo sobre crianças em protesto

Alunos de uma escola primária no Quénia protestavam contra a venda do espaço de recreio. Vários tiveram de ser transportados para o hospital

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Dezenas de crianças foram apanhadas de surpresa por uma nuvem de gás lacrimogéneo lançada pela polícia, quando se manifestavam contra a venda do espaço de recreio da sua escola em Nairobi, no Quénia. Vários alunos tiveram de ser transportados para o hospital local.
 

De acordo com a Al-Jazeera, as crianças, com idades entre os 8 e os 13 anos, regressaram às aulas para o primeiro dia de escola do ano e quando quiseram ir para o espaço de recreio foram interditos por um portão.

«O recreio é uma necessidade, não um privilégio», defendeu o ativista local Boniface Mwangi.


A BBC avança que daquela escola primária pública, Langata Road, que recebe crianças dos 3 aos 14 anos, se reuniram em protesto cem alunos, aos quais se juntaram professores e ativistas políticos locais.
 
 
A Al-Jazeera noticia que terão comparecido ao local 40 polícias armados, acompanhados de cães, que optaram por dispersar aquela manifestação não violenta com gás lacrimogéneo.
   

«Lançar gás lacrimogéneo sobre crianças é indesculpável», afirmou Macharia Njeru, presidente da « Independent Policing Oversight Authority».

De acordo com a Associated Press, o agente Samuel Arachi suspendeu o agente encarregue da dispersão do protesto. A mesma fonte assegurou que foram detidas cinco pessoas, três por vandalismo e duas por incitamento, relembrando que os manifestantes tentaram derrubar as recentes fronteiras impostas.
 

A câmara municipal diz que se trata de um espaço público e Eliud Owalo, político do partido da oposição, afirmou na semana passada que o espaço do parque seria substituído por um estacionamento de hotel. Mas  alguns críticos vão mais longe e alegam que o negócio foi incitado por elementos corruptos.

«O governador, o senador e outras autoridades governamentais têm medo e não podem fazer nada para impedir que o recreio seja ocupado», afirmou Mwangi.

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