O chefe do governo regional catalão, Quim Torra, pediu este sábado ao primeiro-ministro espanhol em funções, Pedro Sánchez, que fixe a data da reunião que vai abrir "conversações e negociações imediatas" para encontrar uma solução política para a situação da Catalunha e pediu um protesto pacífico.
Quim Torra, que este sábado de manhã se deslocou ao gabinete que monitoriza os distúrbios na Catalunha, após o quinto dia de protestos violentos, pediu também que os protestos sejam pacíficos, afirmando: "A violência não é nossa bandeira".
O chefe do governo regional catalão lembrou que "há muito tempo" foi solicitada uma reunião para encontrar uma solução política para o conflito, encontro que disse ser "agora mais urgente do que nunca", e assegurou que a "causa de liberdades e direitos" dos independentistas é "imparável", porque o "povo catalão vai tão longe quanto quiser".
De lliçó, cap ni una. La meva resposta a la nova negativa de Pedro Sánchez a dialogar: pic.twitter.com/ft0uhdWntJ
— Quim Torra i Pla (@QuimTorraiPla) October 19, 2019
Depois de cinco noites de conflitos violentos, Quim Torra pediu "calma" e que os protestos sejam pacíficos: "Nenhuma forma de violência nos representa", afirmou, destacando que o movimento pela independência foi "transversal, massivo, ético e pacífico".
Pouco depois deste pedido público, o governo espanhol respondeu ao presidente da Generalitat, Quim Torra, acerca da fixação da data para uma reunião com o chefe do executivo, Pedro Sánchez, afirmando que "deve condenar veementemente a violência, o que ainda não fez", embora não tenha havido conversa entre os dois líderes, informaram à agência erspanhola Efe fontes do Palácio da Moncloa, sede do Governo espanhol.
Fontes da Generalitat adiantaram à EFE que durante a tarde entrariam em contato com Quim Torra e, enquanto isso, o executivo pediu a Torra "que reconhecesse o trabalho da FCSE [forças e órgãos de segurança do Estado] e dos Mossos e demonstrasse solidariedade com a polícia ferida", lembrando que o governo "sempre foi a favor do diálogo dentro da lei".
Na manhã de sábado, um 'tweet' publicado por políticos independentes mostrava o seu apoio à declaração institucional lida sábado pelo presidente da Generalitat, Quim Torra, e pelo vice-presidente Pere Aragonès, no qual o governo é solicitado a dialogar e se rejeitam ações de violência.
Diálogo, negociação e solução política são a maneira de resolver o conflito", afirmam na mensagem, adiantando que "nenhuma violência" os representa e concluindo com esta mensagem de apoio: "Ao lado do nosso governo".
Na manhã de sábado, após o quinto dia de violentos protestos registados especialmente em Barcelona, o presidente catalão apareceu junto com o vice-presidente Pere Aragonès e os prefeitos de Girona, Tarragona e Lleida, para ler uma declaração institucional.
🎥 [VÍDEO] #VP @perearagones: “Expressem el nostre rebuig a l’actitud del Govern espanyol en la falta de diàleg, quan la ciutadania de Catalunya expressa la seva legítima indignació davant d’una
— Vicepresidència (@vicepresicat) October 19, 2019
sentència, que suma més de 100 anys de presó, 100 anys d’injustícia”. pic.twitter.com/vk2vTS2QVm
Pere Aragonès censurou Pedro Sanchez por, enquanto lhe pediam uma reunião, "apenas enviar o ministro do Interior", Fernando Grande-Marlaska, que no sábado se mudou para a Catalunha para visitar os agentes internados nos hospitais e se encontrar com o ministro do interior da Generalitat, Miquel Buch.