Papa Francisco liga a bispo americano para agradecer pela oração a George Floyd - TVI

Papa Francisco liga a bispo americano para agradecer pela oração a George Floyd

Padres rezam por George Floyd

Mark Seitz, juntou 12 padres da Diocese de El Paso, no Texas, e, de olhos fechados, máscara na cara e rosas brancas nas mãos, ajoelharam-se em silêncio durante 8 minutos e 46 segundos

O papa Francisco ligou a um bispo católico americano para agradecer pela sua oração em homenagem a George Floyd.

Na passada segunda-feira, o bispo católico Mark Seitz, juntou 12 padres da Diocese de El Paso, no Texas, e, de olhos fechados, máscara na cara e rosas brancas nas mãos, ajoelharam-se em silêncio durante 8 minutos e 46 segundos.

 

Honestamente, o que fiz ou o que disse é apenas uma pequena forma de participar no que muitos estão a fazer nos seus protestos pacíficos", disse o Mark Seitz, citado pela BBC.

Dois dias depois da oração, no final de uma missa, o bispo recebeu a chamada do próprio sumo pontífice.

Em espanhol, o papa Francisco disse a Mark Seitz o quão agradecido estaria pela atitude do bispo na sequência da morte de George Floyd.

"Através de mim, o papa expressou a sua solidariedade com todos os que estão dispostos a agir que "isto precisa de mudar", contou o bispo, acrescentado que um caso como este "não devia voltar a acontecer".

Cada vez que existe uma falta de respeito pelos seres humanos e quando existe um julgamento com base na cor de pele de alguém, este tem de ser erradicado", considerou o bispo.

Também durante o Angelus semanal desta quarta-feira, no Vaticano, o papa Francisco mencionou George Floyd pelo próprio nome, algo raro nas intervenções do chefe máximo da igreja católica.

O santo papa considerou a morte do afro-americano pela polícia como "trágica" e disse que rezaria por ele e por "todos os outros que perderam as vidas como resultado do pecado do racismo".

A morte de George Floyd, de 46 anos, aconteceu depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de a vítima dizer que não conseguia respirar.

Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de assassínio em segundo grau e de homicídio involuntário. Os três outros agentes foram, entretanto, acusados por cumplicidade. O julgamento começa segunda-feira.

Continue a ler esta notícia