Condenado a 51 anos de prisão por violar e matar menina de sete anos - TVI

Condenado a 51 anos de prisão por violar e matar menina de sete anos

Arquiteto colombiano admitiu os factos em tribunal em janeiro, tendo declarado que "agiu de forma inconsciente" devido ao consumo de drogas e álcool. Agora foi condenado a "622 meses de prisão”

Um arquiteto colombiano foi condenado na quarta-feira a 51 anos de prisão pela violação e morte de uma menina de sete anos, raptada num bairro pobre de Bogotá, um caso que causou comoção no país.

Rafael Uribe Noguera, de 38 anos, foi condenado a "622 meses de prisão”, o equivalente a 51 anos e dez meses atrás das grades, e ao pagamento de uma indemnização de 25.000 dólares (23.249 euros). A pena máxima na Colômbia, pedida pelo Ministério Público para este caso, é de 60 anos de prisão.

O Ministério Público e os pais da menina vão recorrer da sentença. Depois de conhecida a sentença, o pai de Yuliana mostrou-se desiludido com a pena aplicada. 

Esperava os 60 anos. Estou muito dececionado. Que terá de acontecer às crianças para ser imposta a pena máxima?", afirmou Juvencio Samboní ao jornal El Espectador.

Também o arguido reagiu, através de carta enviada aos familiares e divulgada pelo jornal Kienyke, pedindo desculpa pelo crime dizendo que lamenta "profundamente a morte de Yuliana, o que ela representa, o sofrimento da família Samboní" .

“Queridos, com todo o meu coração e o meu amor peço-vos perdão pelo 4 de dezembro de 2016. Lamento profundamente a morte de Yuliana, o que ela representa, o sofrimento da família Samboní e expresso o meu maior desejo para que isto nunca se repita. O meu verdadeiro e único desejo é que a juventude e todas as pessoas estejam conscientes do flagelo que causam as drogas [...], o pior erro da minha vida foi ter entrado nesse inferno na terra e não ter saído dele", escreveu o arquiteto.

Yuliana Samboni foi raptada, em dezembro passado, por Rafael Uribe Noguera enquanto brincava com um amigo no bairro onde vivia. O seu corpo foi encontrado, no apartamento de luxo do indivíduo, com sinais de violência..

Uribe Noguera admitiu os factos em tribunal em janeiro, tendo declarado que "agiu de forma inconsciente" devido ao consumo de drogas e álcool. Após o homicídio, o indivíduo foi internado numa clínica de desintoxicação pela família.

A onda de choque causada por este caso chegou ao mais alto nível, com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, a pedir, através da conta da rede de mensagens instantâneas Twitter, que "todo o peso da justiça caia sobre o responsável" desta morte.

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