NATO: «Agenda de Lisboa» é para pôr em prática este ano - TVI

NATO: «Agenda de Lisboa» é para pôr em prática este ano

Rasmussen reúne-se com Sócrates

Objectivo foi adiantado pelo secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen

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O secretário-geral da NATO apontou esta segunda-feira como grande objectivo para 2011 a implementação das decisões tomadas na cimeira da Aliança celebrada em Novembro passado na capital portuguesa, na qual a organização adoptou o seu novo conceito estratégico, noticia a Lusa.

«Na cimeira de Lisboa definimos a nossa agenda da NATO para a próxima década, e, com base nessa cimeira, estou determinado a manter o momentum e a pôr em prática a agenda de Lisboa, antes de nos encontrarmos na nossa próxima cimeira, em 2012, nos Estados Unidos», declarou Anders Fogh Rasmussen.

O secretário-geral da Aliança Atlântica, que falava no primeiro encontro do ano com a imprensa em Bruxelas, quartel-general da organização, destacou, entre as decisões tomadas pelos 28 aliados em Lisboa, e que quer ver materializadas em 2011, o processo de transição no Afeganistão em termos de segurança, a reforma da NATO, designadamente a nova estrutura de comandos, e o reforço das parcerias.

Relativamente à reforma da estrutura de comandos da NATO, e lembrando que em Lisboa foram tomadas decisões quanto à sua «arquitectura», que passa por uma redução do número de agências e quartéis, Rasmussen indicou que a Aliança está já a trabalhar os detalhes da reforma, incluindo os aspectos geográficos.

O secretário-geral disse esperar que uma decisão final sobre os aspectos geográficos da estrutura de comando - da qual depende a manutenção ou encerramento do comando conjunto de Oeiras - seja tomada pelos ministros da Defesa da Aliança «o mais tardar em Junho» próximo.

Transição no Afeganistão

Relativamente ao Afeganistão, Rasmussen disse acreditar que já em Março tenha início o processo de transição, que, em Lisboa, a Aliança e o governo afegão decidiram que deve decorrer entre 2011 e 2014, culminando com a entrega total da responsabilidade pela segurança do país aos próprios afegãos.

Por fim, o responsável máximo da NATO destacou a decisão tomada em Lisboa de «aprofundar e expandir parcerias com outros países e organizações», que quer explorar já a partir deste ano, sublinhando ainda o acordo histórico firmado com a Rússia no sentido de uma cooperação a nível da defesa antimíssil.

Reiterando que se trata de «dois sistemas independentes mas coordenados», Rasmussen voltou a enfatizar o que classificou como o «carácter histórico» da aproximação entre NATO e Rússia verificada em Lisboa em Novembro de 2010.

«Pela primeira vez, NATO e Rússia vão cooperar para defender a Europa», disse.
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