"Com este resultado corre-se risco de uma diabolização da Europa" - TVI

"Com este resultado corre-se risco de uma diabolização da Europa"

    Constança Cunha e Sá
    Constança Cunha e Sá é formada em Filosofia pela Universidade Católica de Lisboa. Antes do jornalismo, foi professora de filosofia. Começou a sua carreira de jornalista na revista Sábado e um ano depois integrou o jornal INDEPENDENTE. Foi aqui que se revelou o seu estilo jornalístico, tendo assinado uma coluna de opinião no jornal. Foi ainda Diretora-adjunta e Diretora do INDEPENDENTE. Ainda nos jornais foi redatora-principal no Diário Económico. Depois da imprensa escrita integrou a TVI como Editora de Política e mais tarde como jornalista e comentadora. Escreve semanalmente no jornal I, com a coluna de opinião «FEIRA DA LADRA», anteriormente escreveu no Jornal de Negócios, Público e Correio da Manhã. Na TVI24 modera o programa A PROVA DOS 9 às 5ªas feiras, e tem o seu espaço de opinião diário às 21h00.

Constança Cunha e Sá afirmou que “a Europa esperava que este referendo provasse ao Syriza que já não tinha apoio e os gregos responderam de uma forma contrária”

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Constança Cunha e Sá afirmou, em entrevista à TVI24, que os credores “querem fazer da Grécia e do Syriza uma vacina contra todos os outros movimentos que possam aparecer por essa Europa fora”, mas que a vitória do “não” vai trazer o resultado oposto.

A comentadora confessou que estava à espera que fosse o “sim” a ganhar, “não só pela pressão brutal que foi feita à Grécia por todos os parceiros europeu, mas também pelas imagens violentíssimas que passaram ao longo desta semana, em Atenas”. Tudo “fazia prever prever que vencesse uma campanha de medo”.

“A Europa esperava que este referendo provasse ao Syriza que já não tinha apoio e os gregos responderam de uma forma contrária”, afirmou a jornalista. “Eu penso que com este resultado dificilmente vão fazer do Syriza uma vacina e corre-se o risco de haver cada vez mais uma diabolização da União Europeia”.


Constança Cunha e Sá criticou as primeiras reações do governo alemão, que anunciou o corte das relações com a Grécia, depois de ter afirmado que as negociações retomariam após os resultados do referendo.

“Ou seja, ficamos a saber que, na Alemanha, as negociações só podiam progredir depois do referendo, mas que esse referendo tinha de dar sim, porque se não desse, não se pode negociar”, declarou, acrescentando que o comportamento da UE em relações à Grécia “já não é um tratamento entre parceiros, é entre inimigos sentados entre cantos opostos”.

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