Maiziere considera “inaceitável” que jovens e adultos da classe média estejam a entrar aos milhares na Alemanha, e concorda com o Governo afegão que diz que estas pessoas devem ficar no Afeganistão para ajudar na reconstrução do país e da economia.
“Isto é inaceitável. Concordamos com o governo afegão de que não queremos isto. Tem existido um aumento do número de membros da classe média, muitos vindos de Cabul."
Como escreve a Associated Press, Maiziere lembrou que a Alemanha tem soldados e polícias no Afeganistão - como parte da missão da NATO - para ajudar a melhorar a segurança do país, e que muita ajuda já foi prestada para que os afegãos possam viver na sua Nação de origem.
“Enviámos muita ajuda para o desenvolvimento do Afeganistão, por isso esperamos que os afegãos fiquem no seu país. O que eu estou dizer é que muitas das pessoas que chegam do Afeganistão como refugiados não podem esperar que todos possam ficar na Alemanha.”
O ministro quis deixar claro que a Alemanha não considera o Afeganistão um país “seguro”, e que os pedidos de asilo serão revistos caso-a-caso. Maiziere também garantiu que a Alemanha vai tentar um acordo com o governo afegão para que o país aceite receber quem não conseguir asilo.
Os afegãos são o segundo maior grupo de refugiados que todos os dias chegam à Alemanha, depois dos sírios. Estes últimos, como fogem de uma zona de guerra civil, deverão conseguir asilo sem grandes problemas.