Brexit: retalhistas garantem que preços vão disparar e supermercados vão ficar vazios - TVI

Brexit: retalhistas garantem que preços vão disparar e supermercados vão ficar vazios

Supermercado

Gigantes do comércio traçam cenário caótico para os consumidores, caso o Reino Unido saia sem um acordo do mercado único

Prateleiras vazias, preços a galopar e o caos nos supermercados: é este o cenário que os principais retalhista do Reino Unido traçam caso o país saia da União Europeia sem um acordo. O alerta foi deixado numa carta enviada aos deputados britânicos, assinada por representantes das principais empresas retalhistas do britânicas como a McDonald's, Lidl e KFC. 

O aviso foi deixado a um dia da votação de uma moção de Thersa May no Parlamento. Os gigantes do comércio garante que se as negociações para um Brexit com acordo não chegarem a bom porto a segurança alimentar no reino de sua majestade vai ser colocada em causa. 

O problema levantado pelas empresas está na dependência do mercado britânico face ao mercado único europeu: dois terços dos produtos têm origem nos países da União Europeia. Há ainda produtos como as alfaces e tomates que chegam a ultrapassar os 90% em épocas sazonais. Sem um acordo, estes produtos podem deixar de entrar pela principal porta, Dover, e, mesmo que entrem, os preços vão disparar devido à falta de um acordo tarifário.

E são as tarifas alfandegárias que preocupam ainda mais estes retalhistas, que na maioria são multinacionais. Uma saída sem acordo invalida a utilização por parte do Reino Unido dos acordo alfandegários que a União Europeia assinou com diversas economias fora do espaço europeu. 

O Reino Unido terá que fazer trocas comerciais baseadas nos acordos assinados na Organização Mundial do Comércio. Estes acordos são bastantes limitados e conduzirão a um aumento de preços, visto que as tarifas alfandegárias negociadas pela UE com diversas economias mundiais são bastante mais favoráveis. 

Os retalhistas apelam aos deputados para chegarem a um consenso que impeça "uma disrupção no fornecimento de produtos ao mercado britânico".

Apelamos que trabalhem em conjunto (no Parlamento) numa solução que evite um choque de uma saída sem acordo a 29 de março", lê-se na carta enviada ao Parlamento. 

Sem um plano B desenhado e sem negociações com Bruxelas, May encontra-se num beco sem saída e com o tempo a esgotar-se. Os países da União Europeia preparam-se já para uma saída sem acordo, que pode resultar nm abrandamento da economia mundial.  

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