China pede a Londres que cesse imediatamente interferência em Hong Kong - TVI

China pede a Londres que cesse imediatamente interferência em Hong Kong

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  • AG
  • 3 jun 2020, 11:40
Manifestação em Hong Kong

Governo chinês diz que o Reino Unido pode estar a "dar um tiro no próprio pé"

A China apelou esta quarta-feira ao Reino Unido que "cesse imediatamente toda a interferência" nos assuntos de Hong Kong, depois de Londres ter pedido ao governo chinês que não imponha a lei de segurança nacional na região semiautónoma.

Aconselhamos o lado britânico (...) a desistir da mentalidade da Guerra Fria, do estado de espírito colonialista, e que reconheça e respeite o facto de que Hong Kong foi devolvido à China", apontou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian.

Zhao avisou que, "caso contrário" o Reino Unido "nada fará a não ser dar um tiro no próprio pé".

Para a Região Especial Administrativa de Hong Kong foi acordado um período de 50 anos, com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, após a transferência da soberania pelo Reino Unido para a China.

O arranjo permite à antiga colónia britânica beneficiar de liberdades inexistentes na China continental, incluindo um sistema judicial independente e liberdade de expressão.

Face ao agravar de uma crise política no território, devido a meses consecutivos de protestos pró-democracia, a Assembleia Popular Nacional - o órgão máximo legislativo da China, onde mais de 70% dos deputados são membros do Partido Comunista Chinês -, aprovou na semana passada a lei de segurança nacional de Hong Kong.

O Reino Unido, os Estados Unidos, a Austrália e o Canadá manifestaram publicamente as suas preocupações. O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, pediu na terça-feira a Pequim que abandone a lei.

Ainda há tempo para a China refletir, afastar-se do precipício e respeitar a autonomia de Hong Kong e as suas próprias obrigações, bem como as obrigações internacionais que tem", afirmou.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse na terça-feira que vai oferecer milhões de passaportes a cidadãos de Hong Kong e o possível acesso à cidadania britânica se Pequim implementar a lei.

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