Covid-19: uma única dose da vacina reduz em mais de 80% necessidade de internamento hospitalar - TVI

Covid-19: uma única dose da vacina reduz em mais de 80% necessidade de internamento hospitalar

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 1 mar 2021, 18:49
Vacina da Pfizer

Conclusões de um estudo dedicado à ação das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca foram apresentadas pelo governo do Reino Unido

Uma única dose da vacina da AstraZeneca ou da desenvolvida pela Pfizer contra a covid-19 reduz a probabilidade de internamento hospitalar em mais de 80%, avançou um estudo citado pelo governo britânico esta segunda-feira.

De acordo com o Secretário da Saúde Matt Hancock, as conclusões do trabalho científico foram “muito elucidativas”. As declarações do governante surgem num momento em que mais de 20 milhões de britânicos já receberam a primeira de duas doses.

Hancock sublinha que os resultados explicam por que o número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos entre pessoas com mais de 80 anos no Reino Unido “caiu para números únicos nas últimas semanas".

Na mesma linha, Mary Ramsay, chefe de imunização da agência de saúde pública da Inglaterra, disse que há evidências crescentes de que as vacinas estão a funcionar na redução de infeções.

Embora ainda haja muitos mais dados a seguir, os resultados são encorajadores e estamos cada vez mais confiantes de que as vacinas estão a fazer uma diferença real", disse em conferência de imprensa.

Os dados apresentados pela agência de saúde pública da Inglaterra sugerem que a vacina da Pfizer, que começou a ser utilizada um mês antes da vacina da  AstraZeneca, leva a uma redução de 83% nas mortes por Covid-19.

Mary Ramsay avança ainda que a vacinação reduz o risco de pessoas com mais de 70 anos desenvolverem quaisquer sintomas da doença em cerca de 60%, três semanas após a primeira dose.

Também o professor Jonathan Van-Tam, conselheiro do governo de Boris Johnson em matérias de saúde, disse que a decisão de administrar a vacina da AstraZeneca a pessoas mais velhas foi "claramente justificada".

O professor espera que estes resultados alterem o ponto de vista de alguns países europeus que se recusam a administrar a vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 65 anos.

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