Priti Patel is to be Minister of State for Employment at the Department for Work and Pensions. She will be attending Cabinet.
— David Cameron (@David_Cameron) 11 maio 2015
Em 2011, num programa da BBC, Priti Patel mostrou por que é considerada um dos rostos da ala mais à direita do Partido Conservador, ao defender o regresso da pena de morte como forma de desencorajar a prática dos crimes mais violentos.
“Quando temos um sistema penal que falha continuadamente e quando vemos assassinos e violadores a reincidir nesses crimes várias vezes, penso que é terrível. Por essa razão, eu apoiaria a reintrodução da pena de morte como elemento dissuasor.”
O Reino Unido tem defendido a abolição da pena de morte, por exemplo nos EUA, tendo deixado de exportar os medicamentos utilizados nas execuções.
A última execução no Reino Unido foi em 1965 e a pena de morte foi abolida pouco depois. A União Europeia, aliás, impõe como condição da permanência essa abolição.
A nomeação de Priti Patel, depois de ter passado os últimos meses como secretária de Estado das Finanças, não será alheia à sua posição sobre a imigração e os benefícios fiscais aos mais pobres.
A real privilege to be appointed as Minister of State for Employment at the Department for Work and Pensions.
— Priti Patel (@patel4witham) 11 maio 2015
A nova secretária de Estado do Emprego vai trabalhar com Iain Duncan Smith, que foi reconduzido no cargo de ministro do Trabalho e Pensões. Este ministério prepara-se precisamente para cortar mais nos subsídios e benefícios fiscais dos mais pobres.
Priti Patel, que em 2010 se tornou na primeira deputada asiática dos Conservadores, defende uma política mais dura de imigração, tal como Cameron prometeu durante a campanha.
Mas as polémicas da nova secretária de Estado do Emprego não se ficam por aqui.
Com um passado ligado à indústria tabaqueira, Priti Patel votou, no parlamento britânico, a favor de uma suavização da lei do tabaco e votou contra a lei que prevê que os maços não tenham marca visível para diminuir o consumo.
Ainda como deputada, defendeu o aumento das propinas na Educação, o aumento dos gastos na Defesa e a proibição de votar para os presos.