Geronimo, a alpaca que comoveu os britânicos, pode ter sido morta sem razão - TVI

Geronimo, a alpaca que comoveu os britânicos, pode ter sido morta sem razão

Governo decretou a morte do animal, mas resultados preliminares mostram que talvez não fosse necessário

Foi um dos assuntos a marcar a agenda do Reino Unido nos últimos tempos, e agora volta à discussão. Afinal, a alpaca Geronimo pode ter sido morta sem razão.

O governo britânico decretou que se matasse o animal depois de este ter testado positivo por duas vezes para tuberculose bovina. A 31 de agosto a alpaca acabou mesmo por ser morta.

Mas agora, um relatório preliminar de autópsia revelou que, afinal, Geronimo podia não estar infetada com a doença. A informação foi dada pelos advogados de Helen Macdonald, dona do animal, que afirmam que o relatório preliminar que chegou às mãos da mulher foi analisado por veterinários, que confirmam não existirem as marcas físicas tipicamente causadas pela tuberculose bovina.

Depois de revisão pelos médicos Iain McGill e Bob Broadbent, os resultados preliminares da autópsia deram negativos para lesões típicas da tuberculose bovina", refere um comunicado dos advogados, citado pelo The Guardian.

Os representantes da dona do animal dizem que não foram encontrados abcessos nas zonas dos pulmões, brônquios ou nódulos linfáticos. Nesse sentido, Helen Macdonald pediu o relatório completo da autópsia.

Ainda assim, o Departamento de Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais disse que uma série de lesões semelhantes às daquela doença foram encontradas, pelo que se vão fazer novas análises, sendo que não são esperados resultados definitivos até ao fim do ano.

Este é mais um episódio na longa batalha jurídica entre Helen Macdonald e o governo, que foi a tribunal por duas vezes, com a última decisão a reverter a favor da morte.

A tuberculose bovina é uma doença que pode devastar gados e provocar vários prejuízos. De modo a parar esta praga, o Reino Unido tem aplicado medidas agressivas, tendo matado cerca de 27 mil cabeças de gado em 2020 para controlar eventuais surtos.

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