Governo britânico assinou pedido de extradição de Julian Assange para os EUA - TVI

Governo britânico assinou pedido de extradição de Julian Assange para os EUA

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  • 13 jun 2019, 13:22
Julian Assange, fundador da WikiLeaks, foi detido em Londres após sete anos na embaixada do Equador. Governo equatoriano retirou-lhe o asilo e convidou a polícia inglesa a deter o ativista australiano, que foi retirado à força da embaixada

Veredicto só deve ser anunciado dentro de vários meses e a última palavra cabe ao Governo britânico, que pode decidir aplicar, ou não, a decisão judicial

O ministro do Interior britânico, Sajid Javid, anunciou hoje que assinou o pedido de extradição do fundador do Wikileaks Julian Assange para os Estados Unidos e que cabe agora aos tribunais decidir.

“Ontem [quarta-feira] assinei e certifiquei a ordem de extradição que vai ser apresentada ao tribunal amanhã [sexta-feira]”, disse o ministro à BBC Radio 4, acrescentando que cabe ao tribunal “a decisão final”.

O australiano, detido no Reino Unido, deverá comparecer na sexta-feira num tribunal de Londres para uma audiência preliminar do processo de extradição, na sequência do pedido formalizado na terça-feira pelos Estados Unidos.

O veredicto só deve ser anunciado dentro de vários meses e a última palavra cabe ao Governo britânico, que pode decidir aplicar, ou não, a decisão judicial.

Julian Assange, 47 anos, é acusado pelos Estados Unidos de duas dezenas de crimes, incluindo espionagem e divulgação de documentos diplomáticos e militares confidenciais, puníveis no seu conjunto por uma pena que pode chegar aos 170 anos de prisão, segundo o diário norte-americano Washington Post.

O fundador do Wikileaks recusa a extradição, argumentando que os seus atos “protegeram muitas pessoas”.

Assange foi condenado, em 01 de maio, a 50 semanas de prisão por ter violado as condições de liberdade condicional em 2012, ao refugiar-se na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde era acusado de delitos sexuais.

O australiano permaneceu quase sete anos na embaixada do Equador até que, em 11 de abril passado, o Presidente equatoriano lhe retirou a proteção diplomática e permitiu a sua detenção pela política britânica.

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