Governo britânico pressiona tecnológicas para aceder a mensagens encriptadas - TVI

Governo britânico pressiona tecnológicas para aceder a mensagens encriptadas

  • SP
  • 31 mai 2017, 12:11
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As grandes tecnológicas já manifestaram que não pretendem ceder nesta matéria, mas o ministro da Segurança, Ben Wallace, veio agora sugerir que o governo se prepara para lidar com a questão com mão de ferro

O governo britânico prepara-se para pressionar várias empresas tecnológicas para poder aceder às mensagens encriptadas dos seus utilizadores. Empresas como a Apple ou a Whatsapp permitem a troca de mensagens de forma encriptada, alegando que esta tecnologia permite assegurar a privacidade dos utilizadores e impedir a interferência de hackers.

Numa altura em que o Reino Unido ainda vive o luto do ataque em Manchester, que fez 22 mortos e dezenas de feridos, os oficiais britânicos querem que as empresas quebrem as atuais barreiras de segurança, considerando que estas prejudicam o combate ao terrorismo.

As grandes tecnológicas já manifestaram que não pretendem ceder nesta matéria, mas o ministro da Segurança, Ben Wallace, veio agora sugerir que o governo se prepara para lidar com a questão com mão de ferro.

O governante sugeriu, em entrevista à BBC Radio 5, que poderá ser preparado um conjunto de medidas, incluindo mudanças na lei, neste sentido.

"Estamos abertos a todas as medidas", sublinhou Wallace.

O atentado de Manchester veio colocar o terrorismo e a segurança no centro da agenda política. Salman Abedi, um britânico de origem líbia de 22 anos, fez-se explodi à saída de um concerto de Ariana Grande na Arena de Manchester. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

Na mesma entrevista, Wallace mostrou-se frustrado com as dificuldades que a encriptação de mensagens tem colocado à investigação, frisando que as empresas têm a obrigação "de fazer mais".

"Não vou ficar sentado à espera. Vamos agir ou através de medidas financeiras ou alterações legais. Nós pensamos que as empresas podem fazer mais pois têm o dinheiro para fazer mais e há realmente algumas que já o fazem."

 

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