A 29 de junho, Ian Catley, um camionista de 40 anos, chegou ao bar que frequentava habitualmente em Melbourn, Cambridgeshire, em Inglaterra, e perguntou aos amigos se alguém estava disposto a testar o colete, que havia comprado há pouco tempo.
Um deles recusou de imediato mas, depois de algumas bebidas, Philip Harper, de 47 anos, concordou em vestir o colete e ser alvejado propositadamente.
De acordo com o tribunal, o colete não era de facto à prova de bala mas apenas de proteção. Apesar dos esforços desesperados de Catley em salvar o amigo antes de o levar para o hospital de Peterborough, nada podia ser feito. A bala atingiu-o no centro do peito e perfurou uma artéria.
«Você alvejou Harper a uma distância inferior a seis metros, causando-lhe ferimentos catastróficos e morte imediata», afirmou o juiz Jeffrey Pegden.
«Aí, de imediato, levou-o para o hospital mas, tragicamente, já nada podia ser feito para lhe salvar a vida», acrescentou.
O tribunal soube que o arguido tinha pesadelos com frequência sobre a situação e reconheceu que «os seus remorsos eram totalmente genuínos».
«Você reconhece a magnitude das suas ações e não tenho dúvidas que os efeitos de ter matado um bom amigo o acompanharão para o resto da vida».
Contudo, afirmou que enquanto portador de licença de armas «violou as obrigações e deveres» que lhe são inerentes.
O advogado de defesa, Mark McDonald, argumentou que o seu cliente estava orgulhoso da sua nova aquisição e que chegou ao bar com o colete vestido e com um chapéu dos SWAT, sendo que a morte do amigo «foi o resultado de uma estupidez e imprudente ação».
Catley olhou diretamente para o juiz para ouvir a sentença, enquanto a sua mãe protestava em lágrimas.
«Este é um caso particularmente triste, em que um acidente ‘estúpido’ resultou numa tragédia», afirmou Ian Simmons, inspetor da polícia de Cambridgeshire.
O juiz ordenou que a arma fosse confiscada e destruída.