John Bercow recusa nova votação sobre o acordo do Brexit - TVI

John Bercow recusa nova votação sobre o acordo do Brexit

  • SS
  • 21 out 2019, 15:41

Presidente da Câmara dos Comuns disse que nova votação seria "repetitiva"

O presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, decidiu que não vai permitir uma nova votação sobre o acordo alcançado entre o governo britânico e a União Europeia, esta segunda-feira.

John Bercow argumentou que uma moção sobre o acordo já havia sido apresentada aos deputados no sábado e que seria "repetitivo e confuso" debater novamente.

A minha decisão é que o diploma não será debatido hoje porque isso seria repetitivo", afirmou o "speaker" da Câmara dos Comuns.

No sábado, os deputados britânicos aprovaram uma emenda que adia a votação do acordo até que seja aprovada legislação para o implementar. Na prática, a emenda tem o objetivo de impedir um Brexit sem acordo.

A emenda, apresentada pelo deputado independente Oliver Letwin, foi aprovada por 322 votos a favor e 306 contra, numa sessão extraordinária na Câmara dos Comuns.

Ao não votar-se o acordo, entrou automaticamente em vigor a Lei de Benn, elaborada há algumas semanas pelos mesmos deputados, com o objetivo de impedir uma saída britânica não negociada a 31 de outubro.

Depois da aprovação desta emenda, Boris Johnson foi forçado a enviar uma carta aos líderes europeis, solicitando uma prorrogação do Brexit.

UE está preparada para reagir a “solavancos”

A União Europeia (UE) está preparada para reagir aos "solavancos" do ‘Brexit', garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, reiterando o desejo do governo português de evitar uma saída sem acordo apoiando se necessário novo adiamento.

"Se houver algum solavanco, temos de reagir a esses solavancos como praticamente desde fins de 2016 temos feito", disse à agência Lusa em Londres, indicando disponibilidade para apoiar um novo adiamento.

"Nós sempre dissemos desde o primeiro dia que o Reino Unido, mantendo a sua decisão de saída da União Europeia, entendíamos que o pior dos cenários era uma saída sem acordo. Somos dos estados membros que se tem batido mais pela existência de um acordo com o Reino Unido e os compromissos que é necessário fazer para que esse acordo se faça", afirmou hoje à agência Lusa em Londres.

Continue a ler esta notícia