Jovem português acusado de apunhalar compatriota em Londres - TVI

Jovem português acusado de apunhalar compatriota em Londres

Londres, Reino Unido

Crime aconteceu em julho do ano passado e arguido terá fugido do país pelo Canal da Mancha com destino a Paris. Acabou por ser detido quando chegou a território francês e está detido no Reino Unido

Um jovem português de 20 anos, acusado de apunhalar um jovem compatriota no ano passado, foi detido em França após tentar fugir do país, foi revelado esta quarta-feira num tribunal em Londres.

O crime sucedeu a 21 de julho de 2016 e segundo o procurador público Alan Kent, Bradley Quaresma foi apunhalado mortalmente às 15:10 em Stratford Park, no este de Londres.

Quaresma foi assistido pelos serviços de emergência, que chegaram de helicóptero, mas foi declarado morto no local às 15:40, descreveu hoje no Tribunal Criminal Central de Londres.

Na sequência do incidente, o arguido fugiu por uma viela, desfez-se da arma e tentou sair do país ajudado por familiares, tendo primeiro tentado apanhar um avião e depois visitado várias estações de comboio até finalmente apanhar o Eurostar com destino a Paris na madrugada seguinte à do crime.

Todavia, as autoridades franceses, avisadas pelas congéneres britânicas, capturaram Mário Te à saída e enviaram-no de volta ao Reino Unido, onde foi detido e interrogado.

O arguido, que falam mal inglês e segue o julgamento com recurso a tradutor, recusou responder à polícia, mas a defesa, liderada por Sarah Forshaw, uma advogada com experiência em casos de violência juvenil, fez saber que vai argumentar que o homicídio foi em defesa própria e sem intenção de matar.

Segundo o representante da Procuradoria da Coroa Britânica [equivalente ao Ministério Público], Alan Kent, as investigações da polícia descobriram que houve troca de SMS entre os dois, que eram amigos, e que Mario Te terá pedido a Bradley Quaresma para o encontrar no parque.

Indicou também que há testemunhas que viram o incidente e cuja descrição tanto do incidente como do autor do homicídio coincidem, que há imagens de videovigilância que mostram claramente Mario Te a fugir do local e a informação recolhida do sinal do telemóvel mostram que se dirigiu para casa da irmã e depois para o aeroporto.

Referiu ainda que as perícias ao telemóvel de Mário Te recuperado após a detenção encontraram sangue da vítima.

O julgamento vai decorrer nos próximos dias.

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