Mas, não só. James Martin Narey acredita que, dando estes dispositivos aos criminosos, estes podem ser usados para fins educacionais e de reabilitação.
“Os prisioneiros passam muito tempo dentro das suas celas e precisamos de tornar esse tempo mais construtivo. Devem encontrar-se com um tutor uma vez por semana, mas têm de fazer o trabalho de literacia sozinhos. Podíamos pensar em dar-lhes iPads, para que possam trabalhar nas suas celas”.
Prevendo que a sua proposta pudesse gerar estranheza, o conselheiro recordou que “em 1982 as pessoas tinham medo de permitir que os reclusos tivessem rádios. Preocupavam-se com o facto dos prisioneiros terem telefones. Mas os prisioneiros devem usar o Skype e o FaceTime com os filhos”.
De acordo com o The Guardian, a proposta controversa, que pretende usar a tecnologia para “manter os tempos em família”, está já a ser avaliada pelo Ministério da Justiça.
Contudo, esta medida, a ser aplicada, vai ter de ser acompanhada de várias restrições. Jerry Petherick, o responsável pelas prisões britânicas, disse que é esperado que os tablets nas celas “se tornem a norma”, mas que tem de haver um controlo do seu uso por parte dos guardas.
“Algumas normas de segurança devem ser estabelecidas – não podemos ter pessoas a contactar as vítimas”.