Ryanair pede desculpa por obrigar menino autista a realizar teste à covid-19 antes de embarcar - TVI

Ryanair pede desculpa por obrigar menino autista a realizar teste à covid-19 antes de embarcar

Callum Hollingsworth

Funcionários da empresa de transportes aéreos recusaram-se a reconhecer a isenção médica do menor de 12 anos

Um rapaz diagnosticado com autismo foi obrigado pela Ryanair a realizar um teste de despiste à covid-19 antes de embarcar num voo, mesmo depois de ter mostrado uma carta de isenção médica.

Katy Hollingsworth, que estava a viajar de Valência para o Reino Unido com o filho Callum, de 12 anos, disse que o menor ficou "petrificado" quando lhe foi pedido para realizar o teste.

Os funcionários disseram que se ele não tiver um teste Covid-19, não pode voltar para casa. Não tínhamos escolha", disse Hollingsworth, residente na cidade britânica de Harlow, em Essex.

Entretanto, a companhia aérea já publicou um pedido de desculpa, onde reconhece ter causado stress desnecessário à família.

Callum, que também sofre de um transtorno de défice de atenção e de hiperatividade (TDAH), sofreu muito com o confinamento no Reino Unido, sendo que a família quis surpreendê-lo com uma viagem a Espanha, o seu “lugar feliz”.

A mãe explicou à BBC que o primeiro teste que Callum teve de fazer, em janeiro, foi um “pesadelo”. Quando voltou a ter de realizar o despiste, o rapaz teve de se preparar durante cerca de dois meses.

De acordo com as orientações governamentais, as pessoas com problemas de saúde podem não ter de realizar um teste antes de embarcarem no voo, desde que mostrem uma carta de isenção no check-in.

Mas os funcionários da Ryanair recusaram-se a reconhecer a isenção, já obtida pela mãe de Callum em janeiro - depois do primeiro teste.

Os funcionários ignoraram-nos. Tudo o que diziam era que o problema não era deles”, disse Katy Hollingsworth.

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