Moçambique: sobem para três os mortos em ataque na estrada - TVI

Moçambique: sobem para três os mortos em ataque na estrada

Desde 4 abril, numa retaliação da Renamo ao assalto e ocupação da sua base local, já morreram, pelo menos, 39 pessoas

Relacionados
O ataque de quarta-feira contra uma coluna militar de viaturas na região de Muxúnguè, Sofala, centro de Moçambique, causou três vítimas mortais, confirmou esta quinta-feira à Lusa fonte médica.

Um corpo sem vida deu entrada no Hospital Rural de Muxúnguè após o ataque, onde viria a morrer um dos cinco feridos graves registados naquela unidade hospitalar. A terceira vítima morreu quando era levada por uma ambulância para o Hospital Central da Beira.

«Subiu para três o número de óbitos. Um, foi no local do ataque, o segundo após dar entrada no hospital e, outro, na ambulância», precisou Pedro Vidamão, diretor do Hospital Rural de Muxúnguè, o que mais assiste as vítimas dos ataques, atribuídos a homens armados da Renamo.

Na quarta-feira, um autocarro de passageiros da empresa Etrago foi «fortemente metralhado», quando a coluna de viaturas foi parada a tiros na zona de Chimutanda, a 15 quilómetros da vila de Muxúnguè, uma área pouco habitual para este tipo de ataques, e não distante de uma posição do exército.

Entre os feridos, disse Vidamão, estão dois antigos jogadores do Ferroviário de Quelimane, que seguiam viagem para Chibuto (Gaza, sul) para se apresentarem ao novo plantel da equipe que milita no campeonato nacional, Moçambola. Outros dois jogadores que saíram ilesos seguiram viagem.

Desde 4 abril, quando os ataques foram iniciados no posto policial de Muxúnguè, numa retaliação da Renamo ao assalto e ocupação da sua base local, já morreram, pelo menos, 39 pessoas, 24 das quais após a ocupação, pelo exército, a base de Sadjundjira, a 21 de outubro, quando os ataques foram intensificados no troço Save-Muxúnguè, além de 79 feridos.

Os ataques são justificados como protesto contra a «ditadura implantada» pelo Governo e a falta de consenso sobre a lei Eleitoral, levaram o país a viver o pior momento de tensão político-militar após a assinatura do Acordo de Paz, em 1992, que pôs fim a guerra civil dos 16 anos, entre o Governo e a Renamo.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE