Brasil: Supremo decide levar presidente do Senado ao banco dos réus - TVI

Brasil: Supremo decide levar presidente do Senado ao banco dos réus

José Sarney com Renan Calheiros

Caso remonta a 2007, quando Renan Calheiros foi acusado de receber subornos da Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira

 A maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiram hoje que o presidente do Senado, Renan Calheiros, será arguido por peculato, desvio de dinheiro público.

Em cima da mesa, que reúne onze magistrados, estão também as acusações contra Renan Calheiros de falsidade ideológica e uso de documentos falsos, sobre as quais ainda não foi alcançada uma maioria até ao momento para uma tomada de decisão .

O caso remonta a 2007, quando Renan Calheiros foi acusado de receber subornos da Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira.

Em troca, a empresa terá pago a pensão de uma filha de Renan Calheiros.

O político terá adulterado documentos para justificar os pagamentos.

A acusação levou Renan Calheiros a demitir-se do cargo de presidente do Senado, mas voltou a ser eleito para a função em 2013.

O presidente da câmara alta do Congresso é um importante dirigente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e um homem próximo do Presidente brasileiro, Michel Temer, do mesmo partido.

Renan Calheiros é alvo de outras onze investigações no STF, sendo a maior parte delas relacionadas com a Operação Lava Jato, que investiga um mega esquema de corrupção na petrolífera estatal Petrobras.

Presidente do Senado fala em investigação “recheada de falhas”

Entretanto, o presidente do Senado brasileiro disse que comprovará a sua inocência e que "a investigação está recheada de falhas".

Trata-se da primeira vez que Renan Calheiros, um político próximo do Presidente brasileiro, Michel Temer, se torna arguido numa ação penal do STF.

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