Venezuela: prisão preventiva para deputado da oposição acusado de terrorismo - TVI

Venezuela: prisão preventiva para deputado da oposição acusado de terrorismo

  • AG
  • 14 mar 2020, 09:43
Bandeira da Venezuela

Dois estudantes foram ainda acusados de financiamento ao terrorismo

Um tribunal de Caracas ordenou, sexta-feira, a prisão preventiva do deputado da oposição Renzo Prieto, acusado pelas autoridades venezuelanas de terrorismo, após revogar uma medida cautelar de liberdade condicional concedida em 2018.

O deputado foi ainda acusado de violar a medida cautelar. A decisão do tribunal foi anunciada pela sua advogada, Ana Leonor Acosta, e confirmada pela ONG Foro Penal Venezuelano (FPV), através da rede social Twitter.

Na mesma audiência, os estudantes Deiby Jaimes e William Correia foram acusados de “financiamento do terrorismo, promoção de ódio e associação para cometer delito”, uma decisão que o FPV diz ser “arbitrária, sem prova alguma e com fins políticos”.

O deputado Renzo Prieto e os estudantes Deiby Jaimes e William Correia foram detidos por funcionários das Forças de Ações Especiais da Polícia Nacional Bolivariana (FAES), no hotel “The Hotel”, em El Rosal, a leste de Caracas.

As detenções tiveram lugar a 10 de março, depois de funcionários da Polícia Nacional Bolivariana reprimirem uma manifestação da oposição na capital da Venezuela.

Segundo Ana Leonor Acosta, no momento das detenções não foi apresentada nenhuma ordem de um tribunal, nem explicado os motivos pelos quais eram privados da liberdade.

Renzo Prieto foi detido pela primeira vez a 10 de maio de 2014 por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (SEBIN, serviços de informação) e da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM, serviços de informação militares), quando fazia parte do acampamento “Praça da Resistência” na Praça Alfredo Sadel de Las Mercedes (leste de Caracas) contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro.

Foi libertado em finais de 2018, por intermediação da Comissão de Diálogo Nacional, entre o Governo venezuelano e a oposição.

O Ministério Público diz que violou a medida cautelar de liberdade condicional ao promover, alegadamente, ações violentas durante a marcha convocada pela oposição, a 10 de março, e que foi reprimida pelas autoridades.

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