Governo checo troca de ministro da Saúde pela segunda vez em dois meses - TVI

Governo checo troca de ministro da Saúde pela segunda vez em dois meses

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 23 out 2020, 11:42

Ministro e epidemiologista Roman Prymula organizou uma reunião num restaurante fechado por ordem do executivo

O primeiro-ministro da República Checa disse esta sexta-feira que ia demitir o ministro da Saúde caso ele não apresentasse a demissão antes, avança a agência Reuters.

A decisão de Andrej Babis foi tomada após o ministro e epidemiologista Roman Prymula ter organizado uma reunião num restaurante fechado por ordem do executivo.

No cargo desde setembro, Roman Prymula também ignorou a obrigação de usar máscara ao entrar no carro com o motorista, informou o diário Blesk.

O seu comportamento rendeu-lhe uma enxurrada de críticas nas redes sociais da oposição e até mesmo de membros do Governo de coligação.

As regras devem ser válidas para todos, sem exceção”, reagiu num comunicado o ministro do Interior checo, Jan Hamacek, dizendo ainda que Prymula “não pode permanecer como ministro da Saúde”.

Jan Hamacek é o responsável pelo comité governamental que faz a gestão da crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

Os dois ministros são de duas formações políticas diferentes.

A República Checa é líder em número de infeções por 100 mil habitantes, tendo ultrapassado a Espanha em outubro. Para travar a intensificação da segunda vaga, o governo decretou um confinamento parcial, ordenando o encerramento de lojas e serviços não essenciais, tal como aplicando restrições ao deslocamento das populações.

Esta é a segunda vez que o governo muda de ministro da Saúde em dois meses. A 21 de setembro, Adam Vojtěch demitiu-se depois de ter recebido vários elogios da União Europeia pelo trabalho desenvolvido na contenção do novo coronavírus durante a primeira vaga.

A Europa registou na semana passada um novo recorde de infeções pelo NOVO CORONAVÍRUS – 927.000 -, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela secção europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Europa registou nesse período uma subida de 25% dos casos confirmados e foi responsável por 38% dos novos casos em todo o mundo.

A Rússia, a República Checa e Itália registaram mais de metade dos novos casos na Europa.

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