Congo: morreram 78 pessoas vítimas do Ébola - TVI

Congo: morreram 78 pessoas vítimas do Ébola

  • JFP
  • 8 out 2018, 09:26
Ébola - centro de tratamento de doentes no Kivu-Norte (República Democrática do Congo)

Surto de Ébola foi declarado no dia 1 de agosto nas províncias de Kivu e de Ituri, no norte da República Democrática do Congo

O número de "mortes prováveis" provocadas pelo vírus do Ébola no norte da República Democrática do Congo subiu para 113, sendo que 78 já foram confirmadas através de testes de laboratório, disse o Ministério da Saúde de Kinshasa.

De acordo com um relatório com dados referentes até ao dia 06 de outubro e que foi divulgado no domingo à noite, as autoridades assinalam a possibilidade de 177 casos, estando confirmada a infeção de 142 pessoas.

O mesmo documento assinala que 35 casos são encarados como prováveis.

O surto de Ébola foi declarado no dia 1 de agosto nas províncias de Kivu e de Ituri, no norte da República Democrática do Congo.

Em algumas zonas a propagação ficou a dever-se às próprias populações que se recusaram a receber tratamento e, por outro lado, à falta de acesso provocada por grupos armados.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu no dia 03 de outubro o fim das hostilidades no nordeste do país para que seja facilitado a entrada das equipas sanitárias.

Desde o início do mês de agosto, cerca de 15 mil pessoas foram vacinadas nas cidades de Mabalako, Beni, Mandima, Katwa e Butembo.

Trata-se do segundo surto declarado em 2018, oito dias depois de o ministro da Saúde, Oly Ilunga, ter declarado o fim da epidemia que se registou anteriormente, no oeste da República Democrática do Congo.

O vírus do Ébola transmite-se através do contacto direto com sangue ou fluidos corporais contaminados, transmite febre hemorrágica e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90% se não é tratado de forma imediata.

A nível global, o surto mais grave foi declarado oficialmente em março de 2014 – com casos que remontavam a dezembro de 2013 na Guiné Conacri tendo-se expandido à Serra Leoa e à Libéria.

Dois anos depois, em janeiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a epidemia estava debelada tendo morrido 11.300 pessoas.

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