O resgate dos mineiros soterrados na mina chilena de San José é uma «operação inédita», pela sua dimensão e pela necessidade de evitar o aluimento de terra. Quem o diz é o chefe do núcleo de túneis do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), José Bilé Serra, em declarações à Lusa.
«Trata-se de uma situação inédita pela dimensão que tem e pelo facto de o furo não poder aluir por razões de segurança das pessoas», explicou.
O resgate dos mineiros iniciou-se na última madrugada e os homens estão a ser retirados um a um, através de uma cápsula. O especialista do LNEC admite que continua a existir perigo para os que ainda estão presos.
«A maior dificuldade deste trabalho é a sua delicadeza porque uma falha pode significar o furo ficar entupido», precisou, acrescentando que, «mesmo agora, o furo pode entupir», porque «nos furos pode sempre acontecer o aluimento».
Para evitar essa situação, os engenheiros que construíram o túnel de resgate tiveram de «revestir a zona mais facilmente "aluível" com uma camisa metálica para manter a estabilidade», adiantou o especialista.
Chile: especialista do LNEC alerta para perigo de aluimentos
- Redação
- MM
- 13 out 2010, 10:57
O resgate dos mineiros chilenos retidos há dois meses iniciou-se esta madrugada
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