Há taças e taças, mas umas são mais taças que outras... - TVI

Há taças e taças, mas umas são mais taças que outras...

Barcelona-At.Madrid (REUTERS/ Gustau Nacarino)

Enquanto em Portugal a Taça da Liga monopolizava atenções e polémicas, lá por fora, a jornada de Taças tinha como prato forte um Barcelona-Atlético Madrid para os quartos da Taça do Rei. O sexto duelo em menos de um ano entre «culés» e «colchoneros» confirmou que a varinha mágica de Simeone contra os grandes, que deu tão bons resultados na eliminatória com o Real Madrid, começa a deixar de funcionar perante os catalães: segunda derrota consecutiva, após seis jogos seguidos sem perder. Pela margem mínima, é certo, o que deixa tudo em aberto para o jogo da próxima semana. E só a cinco minutos do fim, depois de Oblak ter defendido um penálti de Messi, apenas para o argentino fazer a recarga vitoriosa. Seria o quarto penálti falhado por Messi nas últimas sete tentativas. Seria, mas não foi: a bem ou a mal, a «Pulga» voltou a resolver, marcou pelo sexto jogo consecutivo e, em pezinhos de lã, já soma 31 nos últimos 30 jogos oficiais.



Numa Coppa Italia que consegue a proeza de ser mais ainda enjeitada e intercalada do que a Taça de Portugal, cinco equipas (Milan, Parma, Lazio, Juventus e Roma) já tinham garantido a passagem aos quartos, outras duas – Fiorentina e Inter - fizeram-no nesta quarta. Em Florença, a Fiorentina resolveu tudo com três golos na primeira meia hora. Um ex-Bayern, Mario Gomez, contribuiu com um bis e um dos nomes quentes do mercado, o colombiano Cuadrado fez o outro diante da Atalanta. Já no Giuseppe Meazza, mesmo jogando desde os 12 minutos com um a mais, o Inter guardou tudo para o fim: aos 72, outro ex-Bayern, o suíço Shaqiri, marcou o seu primeiro golo nerazzurro e a fechar, já contra nove, Icardi acabou com as dúvidas. Com os nomes grandes a marcarem presença nos quartos, cabe agora ao Nápoles não tremer em casa, perante a Udinese do português Bruno Fernandes.



Um olhar rápido, também para Inglaterra, onde o Tottenham, com o mal-amado Adebayor como improvável capitão de equipa, se colocou na primeira fila para jogar a final da Taça da Liga, graças à vitória sobre o histórico Sheffield United. Depois do empate do Chelsea em Anfield, na terça-feira, começa a cheirar a uma final londrina, a 1 de março, em Wembley. A confirmar-se – os jogos da segunda mão jogam-se na próxima semana – terá um picante especial, depois da vitória dos «spurs» sobre o Chelsea (5-3), no primeiro dia de 2015.



Em França, um dia depois de ver oficializada a sua transferência para o Mónaco, Bernardo Silva foi titular na vitória sobre o Evian Thonon, tal como João Moutinho. A equipa de Leonardo Jardim, a mais «portuguesa» da Ligue 1, confirmou a tendência dos últimos dois meses: onze jogos oficiais consecutivos sem perder, e seis seguidos sem sofrer golos. No jogo grande da ronda, o PSG beneficiou dos golos de dois proscritos – Cavani e Pastore, de volta ao onze depois dos castigos internos – para afastar o Bordéus, onde o português Tiago Ilori voltou à titularidade. Outro ex-sportinguista, Van Wolfswinkel, deu nas vistas com um bis, carimbando o apuramento difícil do St. Etiénne perante o secundário Tours.



E porque Taça e Taça, mas há taças que são mais taças do que outras, uma palavra final para a Taça de África das Nações, vulgo CAN, onde um técnico português, Jorge Costa, viu a sua equipa, do Gabão, proporcionar a surpresa negativa, desperdiçando a vitória da primeira jornada com uma derrota inesperada diante do Congo. Tudo para resolver, agora, na terceira e última jornada, diante da seleção organizadora, a Guiné Equatorial, que para já só sabe empatar. Nesta quinta-feira é a vez do outro técnico luso em prova, Rui Águas, entrar em ação pela segunda vez, quando a sua seleção de Cabo Verde medir forças com a República Democrática do Congo, a partir das 19 horas portuguesas.
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