Uma juíza federal norte-americana condenou um antigo elemento da campanha de Donald Trump, Rick Gates, a 45 dias de prisão, por falsas declarações e conspiração contra os Estados Unidos.
A juíza Amy Berman Jackson justificou a sentença de prisão reduzida - que deverá ser cumprida de modo intermitente durante três anos de liberdade condicional - com o facto de Rick Gates ter colaborado com a justiça na investigação do procurador Robert Mueller sobre a interferência da Rússia nas eleições presidenciais que levaram Donald Trump ao poder.
A sentença resolve um dos processos pendentes em aberto decorrentes da investigação de Mueller sobre os laços entre a Rússia e a campanha do presidente Donald Trump.
Gates é agora o quarto elemento associado Trump a receber uma pena de prisão efetiva.
Os procuradores do Ministério Público não pediram prisão efetiva para Gates, que se declarou culpado em fevereiro de 2018 por acusações relacionadas com o trabalho de consultadoria política que realizou na Ucrânia.
Desde que foi acusado, Gates participou em três julgamentos, esteve presente em mais de 50 reuniões com as autoridades e assumiu o compromisso de continuar a partilhar informações após a condenação.
Jackson descreveu o comportamento de Gates como um "importante serviço público".
Ao longo das investigações Rick Gates partilhou dados confidenciais de pesquisa de Paul Manafort, seu antigo mentor e responsável da campanha de Donald Trump, com um parceiro de negócios que os EUA suspeitam ter vínculos com os serviços secretos russos.
No total, há seis elementos ligados a Donald Trump a serem julgados. Além de Gates, outros três já tinham sido condenados a penas de prisão – Paul Manafort, Michael Cohen e George Papadopoulos.
Dois outros, o ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn e o amigo de Trump Roger Stone estão a aguardar sentenças.