Brasil: «serial killer» é um adolescente - TVI

Brasil: «serial killer» é um adolescente

Tropas federais nas ruas

Matou três pessoas de forma cruel. Deixava as vítimas como se tivessem sido crucificadas

Chamavam-lhe «o maníaco da cruz». Deixou o Brasil em estado de choque com três homicídios cruéis, cometidos com a frieza característica de um «serial killer profissional». No entanto, trata-se, afinal, de um adolescente de 16 anos, que já confessou os crimes, informa a Globo.

O primeiro ocorreu no dia 24 de Julho, quando um homem de 33 anos foi encontrado depois de ter sido esfaqueado. No corpo podia ler-se «INRI» escrito com uma faca. Exactamente um mês depois, a 24 de Agosto, o corpo de uma estudante de 22 anos foi encontrado num cemitério, com várias marcas de violência física.

O último caso aconteceu esta terça-feira, quando a polícia encontrou o corpo de uma rapariga de 13 anos na cidade de Rio Brilhante, estado de Mato Grosso do Sul. Todas as vítimas foram encontradas na mesma posição: de braços abertos e pernas cruzadas, como se tivessem sido crucificadas.

Assassino «condenava» as vítimas

A polícia lançou uma mega-investigação e acabou por deter um adolescente de 16 anos, que confessou escolher as vítimas conforme o perfil: ele aproximava-se, fazia algumas perguntas, fazia o seu próprio juízo e decidia se absolvia ou não essa pessoa. Em caso de «condenação», matava-as.

«O rapaz alegava que suas vítimas estavam fora do caminho, confrontando-as com teorias de um suposto deus, na verdade satânico, que ele idolatrava. Matando essas pessoas ele pensava estar a fazer-lhes um favor», explicou a delegada Maria de Lourdes Souza.

Polícia procura «serial killer»

Na casa do jovem, a polícia apreendeu uma faca, objectos das vítimas e um papel com o nome destas. Foram também encontrados vários recortes de outro «serial killer», que seria uma espécie de modelo, e dos homicídios que o próprio cometeu, como se de um prémio se tratasse.

O adolescente de 16 anos foi levado para uma unidade de menores em Campo Grande. Esta quarta-feira, 1.500 pessoas concentraram-se à porta de sua casa. Queriam fazer justiça pelas suas próprias mãos.
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