Motim em cadeia do Brasil faz pelo menos 10 mortos - TVI

Motim em cadeia do Brasil faz pelo menos 10 mortos

(REUTERS)

Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, alberga cerca de 1150 presos, num espaço com capacidade para 620

Um motim na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, no estado do Rio Grande do Norte, no Brasil, fez pelo menos 10 mortos. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, trata-se de mais um episódio na guerra entre facções, dentro das cadeias no Brasil.

Alcaçuz é a maior prisão do Rio Grande do Norte. Tem cerca de 1.150 presos em um espaço com capacidade total para 620.

De acordo com o ESP, o motim teve início por volta das 16:30 locais (18:30 em Lisboa) e ainda não foi controlado.

Os presos teriam invadido os pavilhões 1 (controlado pelo Sindicato do Crime RN) e 5. O pavilhão 5 é uma unidade separada e que faz parte do Complexo de Alcaçuz e onde estão presos com ligação ao PCC.

O presos invadiram o depósito de armas, cortaram a luz e expulsaram os agentes da penitenciária. Há relatos de mutilações e decapitações de presos.

 É uma rebelião no estilo do que ocorreu em Manaus no início do ano”, disse Wellington Camilo da Silva, major da Polícia Militar, citado pela edição online do Estado de São Paulo.

No local, para tentar controlar a rebelião, estão o Batalhão de Choque e o Bope.

No local, para tentar controlar a rebelião, estão o Batalhão de Choque e o Bope. A área externa à cadeia está sob controlo das autoridades e todas as saídas foram bloqueadas. A Polícia Militar e os agentes penitenciários vão esperar o sol nascer para entrar no edifício, avança o portal de notícias da Globo.

Neste momento não há condições de a polícia entrar no local. São mais de mil presos, todos fora de suas celas e alguns deles armados. O que estamos fazendo agora é uma ação para evitar uma fuga em massa desses presos”, disse Wellington Camilo da Silva.

O último motim registado em Alcaçuz foi em novembro de 2015. Só no ano passado, mais de 100 reclusos conseguiram evadir-se desta cadeia, através de túneis ou buracos abertos no muro do edifício.

O episódio deste sábado em Alcaçuz vem adensar a discussão sobe o sistema prisional brasileiro. No primeiro dia deste ano, em Manaus, um motim no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, fez 56 mortos. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com reclusos esquartejados e decapitados.

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