Ex-diretor-geral do FMI sai da prisão e fica com pulseira eletrónica - TVI

Ex-diretor-geral do FMI sai da prisão e fica com pulseira eletrónica

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  • 1 out 2020, 15:26
Rodrigo Rato ouvido por um juiz em 2014 (Reuters)

Rodrigo de Rato foi condenado em fevereiro de 2017 pelo desvio de fundos da Caja Madrid, que agora se chama Bankia, entidade a que presidiu de 2010 a 2012

A Justiça espanhola concedeu um regime de semiliberdade ao ex-diretor-geral do FMI e antigo ministro da Economia espanhol Rodrigo Rato, a cumprir uma pena de prisão de quatro anos e meio pelo delito de corrupção.

O detido deverá sair da prisão em que está detido em Madrid nas próximas horas ou dias, passando a ser controlado através de uma pulseira eletrónica, mas a decisão abre a porta a que peça a liberdade condicional, devido à sua idade (71 anos) e problemas de saúde.

A magistratura tomou esta decisão depois de, na terça-feira passada, Rodrigo Rato ter sido absolvido de um outro caso, o da entrada do Bankia na bolsa de valores em 2011, em que também era suspeito de fraude.

O juiz explica que a decisão é tomada exatamente porque foi absolvido nesse caso, tem tido um bom comportamento na prisão e já pagou a responsabilidade civil da pena a que foi condenado.

O antigo diretor-geral do FMI e ex-ministro da Economia espanhol deu entrada na prisão em outubro de 2018 para cumprir uma pena de quatro anos e meio pelo seu envolvimento no escândalo financeiro dos “cartões black” do banco Caja Madrid.

O ex-banqueiro foi condenado em fevereiro de 2017 pelo desvio de fundos da Caja Madrid, que agora se chama Bankia, entidade a que presidiu de 2010 a 2012.

O escândalo dos “cartões black” (negro em inglês, a cor dos cartões de crédito) era um esquema que a Caja Madrid dava aos seus dirigentes e pessoas de confiança, para pagar despesas pessoais sem limite e sem declarar nada ao fisco.

Rodrigo de Rato foi membro do Partido Popular (direita) que o expulsou na sequência deste escândalo financeiro.

O economista foi vice-presidente e ministro da Economia do Governo de José María Aznar, entre 1996 e 2004, e diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), de junho de 2004 até junho de 2007.

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