Filipinas impõe lei marcial após nova ofensiva terrorista - TVI

Filipinas impõe lei marcial após nova ofensiva terrorista

“Hitler massacrou três milhões de judeus. Agora, há aqui três milhões de viciados. Gostaria de matá-los a todos”

Medida de emergência entrou em vigor esta quarta-feira. Anúncio foi feito a partir da Rússia, onde o presidente filipino pretendia ficar quatro dias em visita oficial

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anunciou a entrada em vigor da lei marcial na ilha de Mindanau, no sul do arquipélago, após uma nova ofensiva armada do grupo jihadista Maute, avança a Reuters.

Duterte já tinha ameaçado impor a medida extrema depois de 100 militantes islamitas terem atacado a cidade de Marawi, na região autónoma de Mindanau Muçulmano. 

A medida de emergência entrou em vigor esta quarta-feira, em Mindanau, e deverá durar 60 dias. O anúncio foi feito a partir da Rússia, onde o presidente filipino pretendia ficar quatro dias em visita oficial. A visita foi, no entanto, encurtada para que Duterte regresse de imediato ao país onde, segundo a Reuters, se vai reunir com os militantes pessoalmente.

Para aqueles que já experimentaram viver sob lei marcial, não será em nada diferente do que o Presidente Marcos fez”, declarou Duterte num vídeo divulgado no site oficial do Governo. “Vai ser duro. Se levar um ano a alcançá-lo, fá-lo-emos. Se estiver concluído num mês, ficarei contente. Aos meus homens, não tenham medo. Vou para casa. Tratarei do problema quando chegar", acrescentou.

O presidente filipino não descarta a hipótese de declarar a lei marcial a todo o país caso a ameaça do Estado Islâmico se espalhe. Duterte afirmou ainda que não vai admitir abusos sob a medida extrema, apesar de garantir que vai ser duro com os terroristas.

A implementação da lei acontece no rescaldo dos confrontos em Marawi. Segundo o ministro da Defesa, Delfin Lorenzana, citado pela AP, um polícia e dois soldados morreram nos confrontos que provocaram ainda doze feridos.

Lorenzana afirma ainda que os militantes pegaram fogo a uma Igreja Católica, a uma prisão da cidade e a duas escolas, ocupando as principais ruas e duas pontes da cidade com mais de 200 mil habitantes. O grupo ocupou também a Câmara Municipal, um hospital estatal e parte de um campus universitário e sequestrou um padre, dez fiéis e três funcionários da catedral da cidade.

De acordo com o ministro, esta quarta-feira serão destacadas tropas adicionais para a cidade da ilha Mindanao, cidade em que foi pedido aos habitantes que "não saiam, tranquem as portas e as janelas até as tropas limparem a área”.

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