Um casal da Virgínia vai processar a empresa de cruzeiros norte-americana Royal Caribbean, depois de ter sofrido queimaduras graves durante uma visita a um vulcão em White Island, na Nova Zelândia.
O caso remonta ao final do ano passado quando, a 9 de dezembro, o vulcão entrou em erupção, enquanto um grupo de 47 pessoas visitava a ilha. O incidente provocou a morte a 21 pessoas, todos os outros turistas sofreram ferimentos graves.
Na altura, o cassal Matthew Urey e Lauren Barham, estava em lua de mel. Matthew ficou com 54 por cento do corpo queimado e a mulher com 23 por cento, segundo o processo judicial que está em andamento.
O processo alega que a empresa foi negligente ao não os informar sobre os potenciais perigos de visitar o vulcão.
A Royal Caribbean já respondeu ao processo que lhe foi movido: “Continuamos a apoiar as necessidades das pessoas que foram afetadas por este trágico incidente. Mas recusamos respeitosamente mais comentários enquanto durar a investigação”.
A Royal Caribbean respondeu ao processo iniciado na quinta-feira, dizendo: "Continuamos a apoiar as necessidades das pessoas afetadas por este trágico incidente. Recusamos respeitosamente mais comentários enquanto a investigação ainda está em andamento".
A empresa de cruzeiros norte-americana descrevia a excursão à ilha no seu site como “um passeio inesquecível pelo vulcão mais ativo da Nova Zelândia”, mas o casal sublinha que o perigo não era óbvio, uma vez que “um vulcão ativo recebe essa definição porque teve, pelo menos, uma erupção nos últimos 10 mil anos”.
De acordo com o processo, aquele vulcão entrou em erupção “várias vezes” nos últimos 10 anos e estava a registar um aumento da atividade que o casal disse não ter conhecimento.
Matthew e Lauren dizem ainda que a empresa os devia ter avisado que, duas semanas antes do incidente, tinha sido registado um terramoto de 5.9 na escala de Richter, com o epicentro localizado a 10 quilómetros a nordeste do vulcão, “já que a atividade sísmica aumenta o risco de erupções”.