Artista russo incendeia portão da sede do ex-KGB - TVI

Artista russo incendeia portão da sede do ex-KGB

Artista russo incendeia portões da sede do KGB (REUTERS)

Pyotr Pavlensky, conhecido por pregar testículos à Praça Vermelha, detido após novo protesto

O artista performativo e ativista russo Pyotr Pavlensky foi preso, esta segunda-feira, em Moscovo, depois de atear fogo a uma porta de madeira da sede do FSB, o serviço de inteligência russo, sucessor do KGB. O artista, conhecido por ter pregado os testículos na calçada da Praça Vermelha em 2013, acusou agora o FSB de "terror sem fim."

Pyotr Pavlensky colocou online um vídeo da “performance” em que ele está à porta do FSB, em frente das chamas, antes de um polícia correr a prendê-lo.

“O FSB usa um método de terror sem fim e tem poder sobre mais de 146 milhões de pessoas", diz o artista na mensagem que acompanha o vídeo.



Горящая дверь Лубянки from Petr Pavlenskij on Vimeo.

Pavlensky foi levado para uma esquadra de polícia, onde foi interrogado por suspeita de vandalismo, informa o Mediazona.ru, um site que monitoriza a detenção de ativistas. 

A advogada de Pyotr Pavlensky, citada pela AFP, diz que ainda não se sabe que acusações o ativista terá de enfrentar, mas Olga Pavlenskova Chavdar acredita que as autoridades vão acusá-lo de incêndio criminoso.

Dois jornalistas que assistiram ao desempenho foram levados para interrogatório antes de serem libertados, informa o canal independente Dozhd, cujo jornalista estava no local.

Em 2013, Pyotr Pavlensky pregou os testículos na calçada da Praça Vermelha, em Moscovo, para chamar a atenção para a "indiferença" da sociedade perante um "Estado policial".

Um ano antes, o ativista tinha cosido os lábios para se manifestar contra a detenção de dois elementos da banda punk russa Pussy Riot.

Em 2014, Pyotr Pavlensky cortou o lóbulo da orelha em cima do telhado de um hospital psiquiátrico de Moscovo para protestar contra os internamentos forçados por motivos políticos.

Pyotr Pavlensky arrisca até três anos de prisão sob a acusação de vandalismo depois de, em conjunto com outros ativistas, ter incendiado pneus e agitado bandeiras ucranianas em S. Petersburgo, no ano passado, para imitar os protestos de Maidan em Kiev que derrubaram o líder pró-russo da Ucrânia.
 
 
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