Dirigente da oposição e cerca de 200 manifestantes detidos em Moscovo - TVI

Dirigente da oposição e cerca de 200 manifestantes detidos em Moscovo

  • BC
  • 3 ago 2019, 15:31
Detenções em protesto da oposição em Moscovo

Protesto não foi autorizado. Oposição queria exigir a inscrição de candidatos nas eleições para a assembleia legislativa de Moscovo

A polícia russa deteve hoje em Moscovo um dirigente da oposição, Lyubov Sobol, e pelo menos 200 manifestantes, num protesto não autorizado e que pretendia exigir a inscrição de candidatos opositores nas eleições para a assembleia legislativa da capital.

Lyubov Sobol, jurista do Fundo Anticorrupção, ao qual as autoridades eleitorais negaram o registo da candidatura, foi detido por agentes anti-distúrbios quando apanhava um táxi para se dirigir ao local dos protestos.

O líder da oposição encontrava-se há 20 dias em greve de fome, para exigir a inscrição da sua candidatura.

Num vídeo publicado na rede social Twitter foram reveladas imagens de vários polícias, protegidos com capacetes, a cercarem o táxi e a empurrarem o político, “no meio de um enxame de repórteres e fotógrafos”, para o interior de uma carrinha, segundo a agência EFE.

De acordo com a EFE, vários manifestantes foram detidos perto das praças de Pushkin e Trunbaya.

Segundo dados divulgados pela polícia, até às 14:30 locais (12:30 em Lisboa), foram presas 30 pessoas, alterações à ordem pública, mas a organização não-governamental OVD-Info refere a detenção de pelo menos 200 manifestantes.

Na praça Trunbaya, onde algumas centenas de pessoas se encontravam concentradas, os agentes da polícia de choque começaram a deter os manifestantes depois de terem avisado, através de alto-falantes para desimpedirem a passagem de pedestres e veículos.

As autoridades de Moscovo mobilizaram para o local um forte dispositivo policial, incluindo helicópteros, para impedir a manifestação da oposição, convocada para o Anel dos Boulevards, que praticamente circunda o centro de Moscovo.

A manifestação não autorizada de hoje segue-se a outra convocada para o último sábado, pelo mesmo motivo e que foi “violentamente dissolvida pela polícia”, refere a EFE,

Durante esse dia, pelo menos 1.400 pessoas foram detidas, incluindo quase todos os líderes que convocaram o protesto, os quais foram posteriormente condenados a diversas penas de prisão administrativa.

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