EUA: Putin aguarda resultado oficial das eleições para felicitar o vencedor - TVI

EUA: Putin aguarda resultado oficial das eleições para felicitar o vencedor

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  • 9 nov 2020, 10:47
Vladimir Putin

Recorde-se que o presidente russo felicitou Donald Trump pela sua eleição em 2016 pouco após as projeções dos media norte-americanos lhe darem a vitória, mas Peskov argumentou que nessa altura não havia contestação jurídica dos resultados

O Presidente russo, Vladimir Putin, aguarda o anúncio do resultado oficial das eleições presidenciais norte-americanas para felicitar o vencedor, após o Presidente Donald Trump contestar a vitória anunciada de Joe Biden na justiça, informou esta segunda-feira o Kremlin.

Consideramos que é correto esperar os resultados oficiais das eleições. Quero recordar que o Presidente Putin disse muitas vezes que respeitará a escola do povo norte-americano, seja ela qual for", disse aos jornalistas o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

Putin felicitou Donald Trump pela sua eleição em 2016 pouco após as projeções dos 'media' norte-americanos lhe darem a vitória, mas Peskov argumentou que nessa altura "não havia contestação jurídica dos resultados".

Ao contrário da maioria dos países do mundo, a Rússia, tal como a China, o México e o Brasil, não felicitaram o Presidente eleito, Joe Biden, pela vitória.

Donald Trump recusou reconhecer a vitória do seu rival nas eleições de terça-feira, anunciada no sábado, e denunciou, sem apresentar provas, fraudes a favor do democrata, prometendo ações na justiça para contestar o resultado.

A responsável da comissão eleitoral russa, Ella Pamfilova, considerou hoje que o voto por correspondência nos EUA abriu "um espaço imenso" para possíveis fraudes eleitorais.

Segundo Pamfilova, o sistema de voto por correio nos EUA permitiria "votos múltiplos, perdas de boletins 'indesejáveis' ou o aumento do voto dos mortos".

Há vários meses que o Presidente Donald Trump lança suspeições sobre a legitimidade do resultado final das eleições, alegando não ter confiança nos votos por correspondência, que este ano bateram máximos, com mais de 100 milhões de eleitores a escolherem esta opção, por causa, entre outras razões, da pandemia de covid-19.

As relações entre Washington e Moscovo deterioraram-se desde que a Rússia foi acusada de ingerência nas presidenciais de 2016 para favorecer a eleição de Donald Trump.

O milionário norte-americano negou sempre ter beneficiado dos esforços russos, tal como Putin, apesar de as conclusões dos inspetores norte-americanos terem levado à imposição de sanções contra a Rússia.

A eleição de Joe Biden poderá aumentar as tensões com Moscovo, já que o antigo vice-presidente de Barack Obama prometeu sempre mais firmeza relativamente a Moscovo.

Segundo Peskov, Putin está "pronto a trabalhar com qualquer Presidente dos Estados Unidos", e a Rússia espera que com "o próximo" seja possível "um diálogo e um entendimento sobre as vias para normalizar as relações bilaterais".

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