Será que é mesmo desta? A Ucrânia e os separatistas pró-russos acordaram iniciar o cessar-fogo, mas o líder dos rebeldes já veio dizer que isso não significa o fim da política de divisão com Kiev.
A assinatura do protocolo que - espera-se - levará à paz, aconteceu esta sexta-feira, em Minsk, entre os representantes de Kiev e os rebeldes pró-russos, e foi confirmada pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, através do seu representante nas negociações.
É preciso «acabar com derramamento de sangue»
Entretanto, o Presidente ucraniano veio dizer que «a vida humana é o maior valor; precisamos de fazer tudo, o possível e o impossível, para acabar com o derramamento de sangue na Ucrânia».
Para isso, Petro Poroshenko conta com um «controlo eficaz» do cessar-fogo por parte da comunidade internacional.
Rebeldes deixam avisos
Também o alto dirigente dos separatistas pró-russos já falou com os jornalistas, fazendo questão de frisar que o acordo não altera a desejo de rebeldes de romper com Kiev.
«O cessar-fogo não significa o fim da (nossa) política para a divisão (da Ucrânia)», advertiu Igor Plotnitsky, o líder do auto-proclamada República Luhansk.
Da Rússia, pela voz do Ministério das Relações Exteriores, chega o aviso de que a força de ação rápida da NATO, prevista para a Ucrânia, é uma «ameaça» para o processo de paz e «contribui para agravar a divisão da sociedade ucraniana».
Ouviram-se tiros até hoje
Os últimos dias foram de avanços e recuos, que fizeram desconfiar do sucesso das negociações desta sexta-feira. Até esta madrugada, o cenário foi de guerra e não de iminente paz.
Ouviram-se tiros e fogo de artilharia, a noroeste de Donetsk, perto do aeroporto da cidade, bem como a leste do porto de Mariupol.
Agora com um acordo e com a vigilância da comunidade internacional, ver-se-á se é ou não cumprido.
Já há acordo de cessar-fogo na Ucrânia
- Vanessa Sousa Cruz
- 5 set 2014, 14:17
Presidente ucraniano diz que é preciso fazer tudo «para acabar com derramamento de sangue». Líder dos rebeldes diz que cessar-fogo não significa fim da política de divisão
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