O porta-voz das tropas Andriy Lysenko referiu-se à incursão da Rússia sobre os territórios controlados pelos separatistas: «os movimentos de equipamento militar e mercenários russos continua nas linhas de combate».
A acusação de Kiev surge apenas um dia depois de Vladimir Putin se ter reunido com altos responsáveis do exército russo para discutir a «deterioração» no ocidente do país.
Depois do conflito no leste da Ucrânia que fez mais de 4000 mortos, os ucranianos chegaram a acordo com os separatistas a 5 de setembro, com o memorando de Minsk. No entanto, o clima de tensão parece agora intensificar-se com algumas trocas de acusações.
Este domingo, o líder separatista Alexander Zakharchenko foi eleito presidente da auto-proclamada República de Donetsk com 65,11% dos votos. Um escrutínio que a Rússia reconheceu como legal, mas que a Ucrânia considerou «uma farsa».
Mais, Petro Poroshenko considerou que os rebeldes violaram o acordo, admitiu cancelar o «estatuto especial» que conferia mais autonomia às províncias do leste e reforçou as posições das tropas militares nessas regiões.
Por sua vez, os rebeldes acusaram o exército ucraniano de ter avançado sobre as posições dos separatistas e de ter comprometido «todo o processo de paz».