Kosovo: «Independência pode ser perigosa» - TVI

Kosovo: «Independência pode ser perigosa»

  • Portugal Diário
  • 10 dez 2007, 11:34
Kosovo. Foto - Lusa

Proclamação unilateral de independência viola direito internacional, diz a Rússia

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O ministro dos Negócios Estrangeiros russo considerou hoje que a proclamação unilateral da independência da província sérvia do Kosovo será uma violação do direito internacional e provocará uma reacção em cadeia, escreve a Lusa.

«Claro que a proclamação unilateral da independência do Kosovo, o reconhecimento ilegítimo dessa independência não deixa de provocar consequências, porque a reacção em cadeia continuará tanto nos Balcãs, como em outras regiões», declarou Serguei Lavrov, no final de um encontro com o Presidente de Chipre.

Hoje termina o mandato da «troika» de mediadores internacionais (Rússia, Estados Unidos e União Europeia) dado pelo Conselho de Segurança da ONU para conversações directas sobre o problema do Kosovo.

«Se os parceiros da Rússia reconhecerem unilateralmente a independência do Kosovo, violarão grosseiramente o direito internacional. A Rússia não irá violar o direito internacional. Como já dissemos, esta posição continua a ser válida», sublinhou Lavrov.

De acordo com a observadora política da agência noticiosa Ria-Novosti, Elena Chesterina, Moscovo "não tem muitas possibilidades" de travar o processo de independência unilateral do Kosovo.

«Dificilmente será utilizada a possibilidade de «resposta adequada», ou seja, o reconhecimento da independência da Ossétia do Sul, Abkházia e Transdnistria (repúblicas rebeldes da Geórgia e Moldávia)», de acordo com um artigo de Chesterina, e a Rússia terá «muitos problemas junto das fronteira», escreve.

Elena Chesterina considerou que Moscovo não terá outra alternativa além do emprego de medidas diplomáticas, nomeadamente vetando a entrada do Kosovo em organizações como as Nações Unidas ou a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

O Kosovo só poderá ingressar na ONU com a autorização do Conselho de Segurança, no qual os cinco membros permanentes - Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido e China - têm direito de veto.
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