Ucrânia: separatistas declaram independência unilateral de Donetsk - TVI

Ucrânia: separatistas declaram independência unilateral de Donetsk

Manifestantes que ocuparam edifícios em Donetsk querem referendo e vão pedir ajuda à Rússia

Relacionados
Notícia atualizada às 16:02

Manifestantes pró-russos que ocuparam o principal edifício da administração local de Donetsk proclamaram hoje aquela cidade ucraniana como «república popular» independente.

A decisão, anunciada por um porta-voz dos ocupantes do edifício, foi capturada num vídeo colocado na Internet em que um homem, falando russo, declara a cerca de cem pessoas concentradas num auditório do edifício «criação do estado soberano da República Popular de Donetsk».

Uma página na Internet dedicada a notícias da região de Ostrov afirmou que os manifestantes pró-Rússia decidiram juntar-se à Federação Russa, um gesto semelhante ao que fez a península da Crimeia no mês passado.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, está convencido que os protestos e tomadas de edifícios governamentais por parte de manifestantes pró-russos são uma forma de «chamar» as tropas da Rússia para o país.

Yatseniuk afirma que existem tropas russas estacionadas a cerca de 30 quilómetros da fronteira ucraniana, prontas a intervir, numa ação «anti-ucraniana».

«Uma operação anti-Ucrânia está em marcha. Tropas estrangeiras vão atravessar as fronteiras para tomar o território nacional [ucraniano]», disse o primeiro-ministro.

«Não vamos permitir isso».

Entretanto, os manifestantes que ocuparam os edifícios na cidade de Donetsk afirmaram que querem um referendo para criar a República Separatista de Donetsk.

Segundo testemunhas, citadas pela Reuters, os manifestantes pró-russos, querem votar a resolução do território até dia 11 de maio, e afirmaram que vão pedir à Rússia que envie um «contingente de paz» no caso de uma intervenção do governo ucraniano.

A notícia avançada pela Reuters surge pouco depois da denúncia da morte de um oficial da marinha ucraniana, abatido a tiro por um soldado russo, na Crimeia.

A divulgação da informação foi feita pelo ministro da defesa ucraniano que não forneceu mais detalhes sobre o ocorrido.

Esta é uma das poucas mortes a registar desde o início da crise na península do mar Negro.
Continue a ler esta notícia

Relacionados