Primeiro, o Reino Unido votou para sair da União Europeia e começaram a surgir fotografias nas redes sociais de pessoas que usavam alfinetes-de-ama como acessório e a hastag #SafetyPin. Agora, Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos e o movimento dos alfinetes já cruzou o Atlântico.
Mas o que têm em comum estas duas sociedades para além do idioma? Segundo os defensores da causa, as minorias ameaçadas pelos responsáveis políticos.
No Reino Unido, a hastag #SafetyPin foi utilizada a favor dos imigrantes, incluindo dos portugueses, que depois do referendo que revelou a preferência pela saída da União Europeia se tornaram alvo de ataques de ódio. De acordo com a polícia britânica, o número de crimes radicais e religiosos têm vindo a aumentar depois do referendo que deu a vitória ao Brexit.
Nos Estados Unidos, Donald Trump defende (ou pelo, defendeu durante a campanha presidencial) a expulsão dos imigrantes ilegais do país e afirma-se contra os muçulmanos, comunidade LGBT (lésbica, gay, bissexual e transsexual) e todas as minorias sociais e étnicas a viverem no país.
My #SafetyPin shows I will protect those who feel in danger bc of gender, sexuality, race, disability, religion, etc. You are safe with me pic.twitter.com/7sLRyRoRbc
— Bex Taylor-Klaus (@IBexWeBex) 11 de novembro de 2016
O ator britânico Patrick Hewes Stewart também aderiu ao movimento. Sem expressar mais nenhuma palavra, utilizou a hastag #safetypin e publicou uma fotografia sua na conta do Twitter e do Instagram.
Desde que foi eleito, na terça-feira, o milionário tem sido alvo de críticas e protestos nas ruas de várias cidades norte-americanas. As pessoas gritam palavras de ordem como “Não é o meu Presidente” e “Ama o ódio de Trump”. O movimento #SafetyPinUSA vem reforçar o apoio às minorias étnicas contra as políticas protecionistas e conservadoras do agora eleito presidente dos Estados Unidos.