Na Islândia, já é oficial: pagar mais aos homens dá multa - TVI

Na Islândia, já é oficial: pagar mais aos homens dá multa

  • VC
  • 3 jan 2018, 16:39
Islândia

Entrou em vigor a lei aprovada em março de 2017, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Quem desempenha as mesmas funções, independentemente de ser homem ou mulher, tem de receber salário igual

Estava previsto entrar em vigor agora em janeiro e foi o que aconteceu: desde o dia 1 de janeiro de 2018 que, na Islândia, é proibido pagar salários mais altos aos homens em relação às mulheres com as mesmas funções. Tanto nas empresas públicas como nas privadas. Aquelas que não cumprirem serão alvo de multas.

A legislação foi aprovada no ano passado, pelo parlamento islandês, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de março. 

As novas regras preveem que as agências governamentais que empregam pelo menos 25 pessoas terão, ainda, de ser sujeitas a auditorias. Poderão sofrer multas se a paridade salarial não se verificar. 

A Islândia, que tem uma economia robusta, baseada no turismo e na pesca, ocupa o primeiro lugar no Índice Global de Diferenças de Género do Fórum Económico Mundial de 2015, seguido da Finlândia e da Suécia.

O país tem 323 mil cidadãos e a lei aprovada contou com o apoio do governo de coligação de centro-direita e também da oposição, onde quase 50% dos deputados são mulheres.

E Portugal?

Para os portugueses, as diferenças de género são uma realidade. Uma mulher, para ter o mesmo ordenado do que um homem, tem de trabalhar mais 61 dias no ano, ou seja, mais dois meses.

Ou, se quisermos, é como se elas deixassem de receber dois vencimentos e eles, sim, auferissem pelo trabalho de um ano por inteiro.

Continue a ler esta notícia