EUA: bebé filha de casal autor de massacre alvo de disputa - TVI

EUA: bebé filha de casal autor de massacre alvo de disputa

A filha do casal que atirou sobre uma festa num centro cívico de San Bernardino, provocando a morte a 14 pessoas, ficou órfã. O futuro incerto desta criança vai ser decidido em tribunal

No dia 2 de dezembro, as 14 pessoas que morreram num centro cívico de San Bernardino, nos Estados Unidos, consequência dos disparos de um casal muçulmano radicalizado, entretanto morto na perseguição policial, não foram as únicas vítimas.
 
Uma menina de seis meses, filha do casal que perpetrou o ataque na festa de Natal, ficou órfã e está agora no centro de uma disputa legal entre a família dos atiradores e o tribunal de família.
 
Enquanto os pais, Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik, fortemente armados, atacavam os colegas de trabalho na festa, a bebé ficou aos cuidados da avó, que vivia na mesma casa. Com a morte dos pais, a menina foi entregue aos serviços sociais, mas, a família quer criar a criança.
 
Numa audiência, na segunda-feira, com a família dos atiradores, nada ficou decidido. A próxima audiência está marcada para janeiro. O que foi falado na audiência ficou em segredo, mas, a Fox News, que ouviu especialistas em direito da família, adianta que é pouco provável que a menina seja entregue aos familiares.
 
Fatima Dadabhy, advogada da família, considera que o importante, neste momento, durante a pendência do processo, é que a criança seja acolhida por uma família muçulmana.
 
Saira Khan e o marido, que já deram início a um processo na justiça para ficarem com a custódia da sobrinha, saíram da audiência em silêncio, mas, logo a seguir ao tiroteio, a tia, Saira Khan, mostrou-se chocada e alegou desconhecer a radicalização do casal. Mãe de duas crianças, Saira Khan, só quer que a menina “disfrute da sua inocência por agora”.
 
O mesmo disse, na altura, a avó, afirmando que, apesar de viver na mesma casa que o filho e a nora, não sabia que eles defendiam ideais radicais. Rafia Farook que, à saída do tribunal também optou por não falar à comunicação social, alegou que o casal deixou a criança consigo naquele dia porque tinham uma consulta.
 
Vítima colateral, talvez, é pouco provável que a criança, cujo nome não foi divulgado, consiga crescer sem saber o que aconteceu aos pais e o que eles fizeram. Talvez venha a saber, também, que poucos meses antes do seu nascimento, os colegas de trabalho do pai, que morreram naquele dia, fizeram uma festa, o chamado “baby shower”, para comemorar a sua vida. 
Continue a ler esta notícia