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Iémen: presidente anuncia que não se recandidatará

Internacional

Ali Abbdullah Saleh garante que filho não lhe sucederá e apela à oposição para formar um governo de unidade

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O presidente do Iémen, Ali Abbdullah Saleh, disse esta quarta-feira que não se irá recandidatar ao cargo depois de finalizar o actual mandato, que termina em 2013.

De acordo com a agência Reuters, Saleh - um aliado dos EUA no poder há três décadas - prometeu ainda que as rédeas do poder não serão entregues ao seu filho.

A este anúncio, o chefe de Estado juntou um apelo para que cessem os protestos nas ruas contra o regime que lidera.

«Eu apresento estas concessões no interesse do país. Os interesses do país vêm antes dos nossos interesses pessoais», disse ao parlamento.

Esta decisão de Ali Abbdullah Saleh surge um dia antes da data para a qual está prevista uma grande manifestação organizada pela oposição.

«Peço à oposição para cancelar os protestos previstos», disse o presidente, prometendo a formação de «um governo de unidade nacional, apesar da maioria do partido no poder». «Não irei permitir o caos. Não irei permitir a destruição», garantiu.

As autoridades de Sanaa temem o efeito de contágio dos protestos na Tunísia, que levaram à fuga do presidente Ben Ali, e no Egipto , onde milhares de pessoas continuam nas ruas a exigir a saída do poder do presidente Hosni Mubarak.

Mesmo antes dos últimos desenvolvimentos em diversos países muçulmanos, o Iémen já vivia numa situação conturbada internamente.

Além da luta contra a crescente presença da Al Qaeda, de problemas no norte com rebeldes xiitas e no sul com separatistas, o país apresenta elevados índices de pobreza. Calcula-se que um terço da população sofre de fome.
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