G8 aprova restrições ao Zimbabué - TVI

G8 aprova restrições ao Zimbabué

G8 - Líderes dos oito países mais ricos

Países mais industrializados do mundo, reunido em cimeira no Japão, aprovam «pacote» de medidas contra Mugabe

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O grupo dos países mais industrializados do mundo (G8), reunido em cimeira no Japão aprovou esta terça-feira um «pacote» de medidas restritivas, nomeadamente financeiras, contra o Presidente do Zimbabué e os seus aliados, responsáveis pela violência no país, escreve a Lusa.

Numa declaração que evita abertamente mencionar a palavra «sanções», o regime do histórico Robert Mugabe - no poder desde 1980 - é alvo de «medidas (restritivas) suplementares, nomeadamente financeiras, dirigidas contra os autores da violência» que grassa naquele país africano desde as eleições legislativas e presidenciais de 29 de Março.

As legislativas foram ganhas pela oposição do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) e a primeira volta das presidenciais pelo seu líder, Morgan Tsvangirai, que desistiu da segunda volta - arrebatada por Mugabe - para evitar, em palavras suas, «uma orgia de sangue».

No lago Toyako, Hokkaido, norte do Japão, onde se realiza a cimeira do G8 - Canadá, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Japão e Rússia -, Washington, Londres, Paris e Berlim defenderam o endurecimento da relação da comunidade internacional com Harare.

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No passado dia 3, Washington interpôs no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) um projecto de resolução para congelamento dos bens financeiros de uma dúzia de personalidades zimbabueanas, Mugabe inclusive, que também poderão ficar interditados de viajar para o estrangeiro.

A declaração do G8 acentua a «grave preocupação» pela situação a que chegou aquele país africano.

«Não é aceitável a legitimidade de qualquer governo eleito à margem da vontade popular», salienta o texto, deplorando que o regime de Mugabe tenha decidido avançar para a segunda volta das presidenciais, a 27 de Junho, quando «não havia condições de liberdade e equidade».

O G8 «apela às autoridades zimbabueanas para dialogarem com a oposição visando por cobro à actual crise de modo rápido e pacífico».

O documento conclui instando os mediadores na crise zimbabueana a respeitarem os resultados do plebiscito de 29 de Março.
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