Mulher submetida a dupla mastectomia e a meses de quimioterapia por engano - TVI

Mulher submetida a dupla mastectomia e a meses de quimioterapia por engano

  • Susana Laires
  • 24 jul 2019, 19:44
Sarah Boyle

Sarah Boyle, de 28 anos, foi informada que tinha cancro da mama no final de 2016. Depois de meses de tratamento, o hospital contou-lhe que, afinal, tudo não tinha passado de um erro humano

Sarah Boyle, de 28 anos, foi submetida a uma dupla mastectomia, uma cirurgia de reconstrução e vários meses de quimioterapia para tratar um suposto cancro da mama. Tudo isto antes de descobrir que nunca esteve doente.

Foi no final de 2016 que os médicos do Hospital Universitário de North Midland, no Reino Unido, lhe comunicaram o diagnóstico errado. Só passados vários meses, em julho de 2017, é que Sarah foi informada que afinal tinha acontecido um “erro humano” e que nunca tinha tido cancro. Segundo o The Independent, nesta altura, já tinha feito uma cirurgia para retirar os dois seios e outra para reconstruí-los.

A história foi contada pela própria Sarah, num programa de televisão britânico. A mulher explicou que os médicos lhe ligaram depois da mastectomia e que pensou que o prognóstico tivesse piorado e que talvez pudesse morrer.

Pensei que tinha acabado e que todo o sofrimento e toda a dor tinha sido por algum motivo. Para poder ser realmente a mãe que os meus filhos precisam”, contou.

Mas o que se passou foi exatamente o contrário. Os médicos assumiram que tudo não passou de um erro e que a biopsia que lhe tinha sido feita foi reportada incorretamente. Os resultados confirmaram que não tinha cancro.

Agora, Sarah Boyle, mãe de duas crianças, tem de lidar com as consequências dos tratamentos. A britânica foi impedida de amamentar um dos filhos, por causa da quimioterapia. Foi também informada que a partir de agora pode experienciar problemas de fertilidade.

Para além disto, Sarah está agora preocupada com a possibilidade de desenvolver cancro da mama no futuro, uma vez que os implantes que teve de colocar aumentam o risco de desenvolver a doença.

A paciente está agora no meio do processo para processar o hospital por negligência médica.

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